Eduardo lamenta retirada de Moraes da Lei Magnitsky e critica falta de apoio político

Deputado federal Eduardo Bolsonaro, em ato do PL, em 2024 — Foto: Divulgação/PL - Beto Barata

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu com críticas à decisão do governo dos Estados Unidos de retirar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes da lista de sancionados pela Lei Magnitsky.


Em nota publicada nas redes sociais, o parlamentar afirmou receber a medida “com pesar” e atribuiu o desfecho à falta de unidade política no Brasil para sustentar a pressão internacional contra o magistrado.


“Lamentamos que a sociedade brasileira, diante da janela de oportunidade que teve em mãos, não tenha conseguido construir a unidade política necessária para enfrentar seus próprios problemas estruturais”, escreveu Eduardo. Segundo ele, a ausência de coesão interna e de apoio às iniciativas conduzidas no exterior teria contribuído para o agravamento do cenário institucional no país.


Na manifestação, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro agradeceu o apoio demonstrado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao longo do processo.


“Somos gratos pelo apoio que o presidente Trump demonstrou ao longo dessa trajetória e pela atenção que dedicou à grave crise de liberdades que assola o Brasil”, afirmou. Eduardo também disse esperar que a decisão de Trump atenda aos interesses estratégicos americanos, “como é seu dever”.


Atuação internacional contra Moraes

Eduardo Bolsonaro foi um dos principais articuladores, no exterior, de pressões políticas para que autoridades americanas adotassem sanções contra Alexandre de Moraes.


Desde 2024, o deputado intensificou agendas nos Estados Unidos, com reuniões com parlamentares republicanos, representantes de think tanks conservadores e integrantes do entorno de Donald Trump, defendendo a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do STF.


Em discursos públicos e entrevistas, Eduardo sustentou que decisões de Moraes relacionadas a investigações sobre a trama golpista de 2022, ao bloqueio de perfis em redes sociais e à responsabilização de aliados do bolsonarismo configurariam violações a direitos fundamentais.


Esses argumentos foram usados para tentar enquadrar o ministro nos critérios da legislação americana, que permite sanções contra estrangeiros acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.


A inclusão de Moraes na lista do Ofac, órgão do Tesouro dos EUA responsável pela aplicação da Lei Magnitsky, foi explorada politicamente por aliados do ex-presidente como sinal de isolamento internacional do ministro. Eduardo, à época, afirmou que a sanção representava um “alerta” à atuação do Judiciário brasileiro.


Críticas ao cenário interno

Na mensagem divulgada após a retirada de Moraes da lista, Eduardo Bolsonaro ampliou o tom crítico ao ambiente político brasileiro. Segundo ele, a falta de mobilização interna enfraqueceu a estratégia internacional.


“A falta de coesão interna e o insuficiente apoio às iniciativas conduzidas no exterior contribuíram para o agravamento da situação atual”, afirmou.


O deputado encerrou a nota dizendo que seguirá atuando “de maneira firme e resoluta” para buscar o que chamou de “libertação do nosso país”, mesmo diante de “circunstâncias adversas”. “Que Deus abençoe a América, e que tenha misericórdia do povo brasileiro”, concluiu.


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