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Cheia do Rio Acre atinge 35 famílias em 20 bairros de Rio Branco

Milhares de famílias de Rio Branco vivem dias de apreensão com a elevação do Rio Acre e o transbordamento de igarapés que cortam a capital. Desde os primeiros sinais da cheia, a Prefeitura passou a atuar de forma contínua para reduzir riscos, garantir segurança e oferecer acolhimento às pessoas diretamente afetadas pelos alagamentos.


O Rio Acre transbordou por volta das 9h da manhã de sábado (27) e segue em elevação. Na medição realizada às 7h deste domingo (28), o nível chegou a 14,94 metros, aproximando-se da cota de 15 metros. A situação se agravou após uma forte enxurrada registrada no dia anterior, que atingiu principalmente moradores de áreas próximas a igarapés e regiões historicamente vulneráveis.


Atualmente, cerca de 20 bairros de Rio Branco apresentam impactos diretos da cheia. Mais de duas mil famílias tiveram suas rotinas afetadas, muitas delas obrigadas a deixar suas casas às pressas para evitar riscos maiores.


Entre as famílias já retiradas das áreas alagadas, 39 foram encaminhadas para residências de parentes, somando aproximadamente 122 pessoas. Outras 35 famílias, com 115 pessoas, estão acolhidas em abrigos públicos montados pela Prefeitura, onde recebem alimentação, acompanhamento social e apoio emergencial.


Quatro escolas municipais estão funcionando como abrigos temporários: duas na região da Conquista, uma no bairro Tropical e outra no Mocinha Magalhães. Três dessas unidades já atingiram a capacidade máxima, o que demonstra o avanço da cheia e a crescente demanda por acolhimento. Apenas um abrigo ainda dispõe de vagas, em razão do recuo momentâneo das águas em alguns igarapés.


A Defesa Civil Municipal mantém equipes de plantão 24 horas por dia, monitorando o nível do rio, os igarapés e áreas com risco de desmoronamento. As ações incluem remoções preventivas de famílias, isolamento de áreas instáveis e apoio direto às pessoas que perderam, temporariamente, o acesso às suas casas.


Em locais como o bairro Preventório, onde há risco de deslizamentos, famílias foram retiradas de forma preventiva para evitar tragédias. Já em regiões como a Praça do Relógio, áreas instáveis foram isoladas para proteger moradores e transeuntes.


Para ampliar a capacidade de atendimento, a Prefeitura prepara novos espaços de acolhimento no Parque de Exposições. A expectativa é iniciar a transferência de famílias para o local até segunda-feira (29) ou, no máximo, terça-feira (30), reduzindo a necessidade de abertura de novas escolas.


Segundo a Defesa Civil Municipal, caso o Rio Acre atinja a marca de 16 metros, entre 200 e 300 famílias poderão precisar de abrigo público. Neste momento, 29 famílias já aguardam remoção, e o município se organiza para ampliar a rede de acolhimento, podendo chegar a sete abrigos ativos, conforme a evolução da cheia.


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