Ceia Natalina: arroz fica mais barato, mas altas em carnes e bebidas exigem pesquisa

Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Planejamento do Acre (Seplan) divulgado pelo governo nesta quinta-feira, 18, aponta que o custo da ceia natalina em Rio Branco apresentou comportamento desigual em 2025. Enquanto produtos básicos, como arroz e queijo, registraram quedas expressivas, itens tradicionais da ceia, especialmente carnes especiais, frios e bebidas, ficaram mais caros, pressionando o orçamento das famílias.


A pesquisa foi conduzida pelo Departamento de Estudos, Pesquisas e Indicadores (Deepi) entre os dias 5 e 9 de dezembro, em oito estabelecimentos comerciais da capital, incluindo grandes supermercados e redes atacadistas. Ao todo, foram analisados os preços médios de 45 produtos típicos da ceia, distribuídos em seis categorias: alimentação, carnes, frios, frutas, frutas em calda e bebidas. A comparação considera a variação interanual entre dezembro de 2024 e dezembro de 2025.



Na categoria Alimentação, que reúne 16 itens, o cenário foi equilibrado. Oito produtos apresentaram redução de preços, com destaque para o arroz tipo 1, que teve a maior queda do levantamento, com recuo de 35,89%. Também ficaram mais baratos o panetone de chocolate (-22,61%) e a farinha de mandioca (-16,61%). Em contrapartida, outros oito itens registraram aumento, principalmente a azeitona preta com caroço, que subiu 38,98%, seguida da azeitona verde sem caroço (22,13%) e do óleo de soja (6,07%).


As carnes concentraram alguns dos maiores aumentos da pesquisa. Entre os nove tipos analisados, seis ficaram mais caros. O bacalhau liderou as altas, com aumento de 20,25% no preço médio, seguido pelo peru (12,10%) e pelo chester (11,73%). Já o lombo (-0,47%), o frango (-0,46%) e o pernil sem osso (-0,27%) apresentaram pequenas reduções.


Nos frios, o queijo foi o destaque positivo, com queda significativa de 24,02% no preço médio. Por outro lado, o presunto subiu 7,74% e o salame teve leve alta de 1,07%.


A maior parte das frutas apresentou redução de preços. Dos nove itens pesquisados, sete ficaram mais baratos, com destaque para o melão (-16,49%) e a laranja (-16,07%). Apenas a pera (12,84%) e o abacaxi (7,54%) tiveram aumento. Entre as frutas em calda, houve forte queda no preço do abacaxi (-46,59%) e redução mais discreta na ameixa (-2,32%), enquanto figo (7,46%) e pêssego (0,50%) ficaram mais caros. Já a categoria Bebidas foi marcada por aumentos generalizados, especialmente na sidra (6,69%) e no refrigerante (4,15%).



Um dos pontos que mais chamaram atenção no levantamento foi a grande disparidade de preços entre os estabelecimentos pesquisados. Em 2025, a pera apresentou a maior variação percentual, com diferença de 232,59% entre o menor e o maior preço. Outros produtos com grande variação foram a azeitona verde com caroço (154,7%), o azeite extra virgem (86,6%), a lentilha (72,8%) e o milho verde (71,1%). No caso das carnes, o bacalhau chegou a uma variação de 91,2%, com preços entre R$ 159 e R$ 303,99 o quilo.


Por outro lado, alguns itens apresentaram menor oscilação, como a azeitona preta com caroço (10,8%), a azeitona preta sem caroço (10,9%) e o óleo de soja (17,6%), indicando maior estabilidade nesses produtos.


De acordo com a Seplan, os dados mostram que o consumidor de Rio Branco encontrará oportunidades de economia em itens básicos, como arroz, queijo e panetones, mas precisará de atenção redobrada na compra de carnes especiais, frios e bebidas. A recomendação principal é pesquisar preços em diferentes estabelecimentos para reduzir o impacto das altas e aproveitar as quedas registradas em parte dos produtos da ceia natalina de 2025.


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