Trump diz que Maduro tem “dias contados”, mas evita dizer se EUA atacarão Venezuela

Donald Trump e Nicolas Maduro (Montagem/InfoMoney)

Durante a entrevista ao programa 60 Minutes, exibida no domingo (2), o presidente Donald Trump afirmou duvidar que os Estados Unidos entrem em guerra com a Venezuela, mas reforçou que o regime de Nicolás Maduro “tem os dias contados”.


“Eu duvido. Eu não acho”, respondeu Trump, ao ser questionado sobre a possibilidade de guerra. “Mas eles têm nos tratado muito mal”, falou.


Trump confirmou ter autorizado a CIA a realizar ações secretas na Venezuela, o que reforça a leitura de que Washington mantém pressão híbrida sobre o governo Maduro, combinando operações militares, sanções econômicas e medidas de inteligência.


“Eu diria que sim. Acho que os dias dele estão contados”, respondeu Trump, quando questionado se Maduro ainda permaneceria no poder.


Ao ser indagado sobre a possibilidade de ataques em terra, o presidente evitou confirmar ou negar: “Eu não falo com repórteres sobre se vou atacar ou não a Venezuela.”


A fala ocorre em meio à escalada de tensões no Caribe, após 15 ataques a embarcações suspeitas de tráfico de drogas nas últimas semanas, parte de uma ofensiva naval dos EUA no Caribe e Pacífico Leste.


Trump acrescentou que o envio do porta-aviões USS Gerald Ford à região não é necessariamente um prelúdio de intervenção, mas um movimento estratégico: “O porta-aviões tem que estar em algum lugar. É grande.”


“A Venezuela, em particular, tem sido ruim. Eles têm gangues, o Tren de Aragua — o mais violento do mundo.”


O presidente ainda associou o endurecimento das ações no Caribe à redução do número de imigrantes ilegais na fronteira sul e à queda no tráfico de drogas, dizendo que cada barco “derrubado” evita “25 mil mortes por overdose” nos EUA.


Embora o governo descreva as ações como operações antidrogas, fontes americanas citadas pela CBS admitem que os ataques integram uma estratégia mais ampla para enfraquecer o regime chavista.


Especialistas em direito internacional e a ONU têm classificado as ofensivas como execuções extrajudiciais ilegais, alegando que a operação ultrapassa os limites de uma ação de combate ao narcotráfico.


(com CBS e New York Times)


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