A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) deu provimento nesta terça-feira, 18, ao recurso em sentido estrito interposto pelo Ministério Público do Acre (MPAC) contra a decisão do Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco, que havia impronunciado o empresário Tarcísio Araújo, denunciado pelo crime de feminicídio da esposa, a cantora Nayara Vilela.
Com a decisão, o empresário que havia sido impronunciado em maio deste ano poderá responder pelo crime de feminicídio e ser julgado pelo Tribunal do Júri. A defesa já anunciou que vai recorrer ao Pleno do Tribunal de Justiça do Acre, composto por 12 desembargadores, já que um dos magistrados da Câmara Criminal votou pela manutenção da impronúncia.
Nayara Vilela tirou a própria vida na noite de 24 de março de 2023, na residência do casal, localizada na Estrada das Placas, em Rio Branco. Para cometer o suicídio, utilizou uma arma de fogo que pertencia ao marido. Durante a audiência de instrução realizada em maio deste ano, Tarcísio Araújo havia sido impronunciado, livrando-se, naquele momento, da acusação de feminicídio e do julgamento pelo Tribunal do Júri.
Inconformado com a decisão, o Ministério Público recorreu, pedindo a pronúncia do empresário para que ele respondesse pelo crime perante o Júri Popular.
No julgamento desta terça-feira, o desembargador Francisco Djalma votou pela manutenção da decisão da 2ª Vara, defendendo a impronúncia. Já os desembargadores Samuel Evangelista e Denise Castelo Bonfim acompanharam o recurso do MP e votaram pela pronúncia de Tarciso Araújo, permitindo que o caso seja analisado pelo Tribunal do Júri.


