O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, Fábio Farias, decidiu manter a prisão preventiva de Reginaldo de Freitas Rodrigues, 2º tenente aposentado da Polícia Militar do Acre, acusado de matar a esposa, Ionara da Silva Nazaré, de 27 anos, em setembro deste ano. A defesa havia solicitado a revogação da medida cautelar na resposta à acusação, alegando que não subsistiam mais os motivos que justificaram a prisão, além de destacar que o réu possui emprego e residência fixa.
Segundo a reportagem da TV 5, ao analisar o pedido, o magistrado entendeu que não há elementos que possibilitem absolvição sumária, mantendo assim o recebimento da denúncia. Sobre a prisão preventiva, Farias destacou que a forma como o crime foi praticado — com emprego de violência e uso de arma de fogo — evidencia a “especial periculosidade do agente” e reforça a necessidade de manter a medida para proteger o meio social.
O juiz também afirmou que condições pessoais favoráveis, como trabalho e endereço fixo, não são suficientes para afastar a prisão preventiva quando os requisitos legais estão presentes.
Na mesma decisão, o magistrado marcou a audiência de instrução e julgamento para o dia 23 de fevereiro do próximo ano. Na data, serão ouvidas as testemunhas de acusação e defesa, além do interrogatório de Reginaldo de Freitas, que é tenente da reserva remunerada.
O crime ocorreu na madrugada de 27 de setembro, quando Ionara foi executada a tiros dentro de casa. Os dois filhos da vítima presenciaram o feminicídio. Reginaldo foi preso dois dias depois, ao se apresentar na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.


