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STF conclui análise dos recursos de Jair Bolsonaro por golpe; veja o que vem agora

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro deixa o hospital onde foi submetido a uma cirurgia de pele, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após ser condenado pela maioria do STF por planejar um golpe para permanecer no poder após perder as eleições de 2022, em Brasília, Brasil, em 14 de setembro de 2025. REUTERS/Mateus Bonomi

O Supremo Tribunal Federal conclui nesta sexta-feira (14) a análise dos recursos apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros seis condenados pela tentativa de golpe de Estado.


O plenário virtual rejeitou, por unanimidade, os embargos de declaração apresentados pelas defesas, mantendo integralmente as condenações impostas no julgamento principal.


Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão acusado de liderar a articulação golpista. Também tiveram os recursos negados Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.


Próximos passos

Com o fim desta etapa, o STF deve publicar o acórdão que consolida o resultado do julgamento e das decisões sobre os recursos. A partir dessa publicação, as defesas ainda poderão apresentar um último tipo de recurso — que costuma ser rejeitado — dentro do prazo de cinco dias.


A jurisprudência da Corte tem posicionamento firmado de que recursos sucessivos com argumentos semelhantes são meramente protelatórios e não devem interromper a execução da pena dos condenados.


Se houver essa nova contestação, um segundo julgamento virtual será agendado. Apenas depois dessa fase, e se os ministros novamente negarem os pedidos, o processo poderá ser declarado em trânsito em julgado pelo relator.


A partir desse momento, Moraes poderá determinar o início do cumprimento das penas. Segundo aliados do ex-presidente, é considerado provável que Bolsonaro comece no regime fechado, ainda que sua defesa espere uma migração rápida para o domiciliar, cenário semelhante ao do ex-presidente Fernando Collor neste ano.


Além de ter 70 anos, Bolsonaro apresenta problemas de saúde decorrentes da facada sofrida em 2018, condição que pode influenciar a definição do regime inicial.


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