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Saída de bovinos vivos do Acre aumenta 83,03% de janeiro a outubro de 2025

O Informativo Mensal Pecuária 2025, elaborado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Acre, em parceria com Embrapa e Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf), contabilizou a saída de 325.992 bovinos vivos entre janeiro e outubro de 2025. Um aumento de 83,03%, comparado ao mesmo período do ano passado.


O pico da saída de bovinos aconteceu em setembro, quando se registrou 45,3 mil bovinos vivos retirados do Acre para serem abatidos e processados em outros estados. A redução registrada de setembro para outubro foi, inclusive, motivo de reportagem no ac24agro: sobretudo o bezerro tornou-se artigo raro nas pastagens acreanas. “Apenas em outubro, a saída interestadual apresentou queda de 28,6% em comparação a setembro de 2025”, confirma o boletim.


Em setembro, também foi o mês em que mais houve transferência de bovinos para o mesmo proprietário. A operação é legal. No entanto, impacta a cadeia produtiva da pecuária local, na medida em que promove a saída de gado do Acre para outros estados.


“No mês de outubro de 2025, a saída de bovinos do Acre alcançou 32.390 cabeças, sendo 23.056 para diferentes proprietários e 9.334 para o mesmo proprietário”, constata o boletim da Faeac.


Dados de abate conflitam entre Mapa e Idaf

O site ac24agro registrou que houve queda de 13,5% no número de abate nos frigoríficos sifados do Acre, comprando o número de abates de outubro com setembro. O dado informado pelo site tinha o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento como referência.


Para o Boletim da Faeac (que tem o Idaf como fonte), a redução é menor. “O abate de bovinos em outubro demonstrou uma variação negativa de 1,81% em relação ao mês anterior”, informa. O boletim também trata do acumulado no período. “O acumulado neste período soma um total de 554.691 abates em 2025 contra 484.098 em 2024”.


A diferença do número apresentada pela Mapa e pelo Idaf é explicada por três fatores. O primeiro: o Mapa contabiliza apenas abates realizados em frigoríficos sifados; segundo: o Mapa só registra abates efetivamente realizados, executados.


O Idaf tem outra referência. O instituto se referencia pelo número de Guias de Transporte de Animal (GTA) geradas. Com um detalhe: a GTA tem validade de sete dias. É comum o produtor tirar uma guia em um mês e “puxar o gado” no mês seguinte. E isso pode provocar diferença estatística.


 


 


 


Fonte: ac24Agro


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