O Procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou nesta sexta-feira (28) a favor da concessão de prisão domiciliar para o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional durante o governo Bolsonaro condenado na terça-feira (25).
Aos 78 anos, o ex-ministro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 21 anos de prisão por compor o ‘núcleo crucial’ da trama golpista. Por ser militar, ele tem a prerrogativa de cumprir a pena em uma instalação do Exército.
Ao ser preso, Heleno afirmou a uma equipe médica que sofre de doença de Alzheimer desde 2018. Com a revelação, a defesa do general protocolou um pedido de mudança no regime da detenção.
Heleno afirmou que descobriu a doença ao investigar episódios de perda de memória. O diagnóstico não impediu o general de assumir como ministro do GSI no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).
Gonet defendeu que a prisão domiciliar fosse autorizada em caráter humanitário, considerando sua faixa etária e seu quadro de saúde. “As circunstâncias postas indicam a necessidade de reavaliação da situação do custodiado”, destaca o PGR.
Caberá ao ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, acatar ou não a recomendação.


