O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, criticou duramente o primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, após o chanceler afirmar que jornalistas alemães que acompanharam a COP30 em Belém teriam ficado “felizes de ir embora” da cidade.
Nas redes sociais, Paes chamou Merz de “filhote de Hitler” e “nazista”, ampliando o desgaste causado pelas declarações feitas durante um evento do comércio alemão.
A fala de Merz, em que compara de forma depreciativa o Brasil à Alemanha, repercutiu entre autoridades brasileiras. O governador do Pará, Helder Barbalho, classificou o discurso como preconceituoso e afirmou ser “curioso ver quem ajudou a aquecer o planeta estranhar o calor da Amazônia”.
O prefeito de Belém, Igor Normando, também ironizou o comentário do chanceler.
Fase decisiva
Em meio ao episódio diplomático, a COP30 chega nesta terça-feira (18) ao nono dia de debates, considerado um dos mais importantes da conferência. As discussões desta jornada incluem temas centrais para o acordo final: Florestas, Oceanos, Biodiversidade, Povos Indígenas e Comunidades tradicionais.
O Brasil deve publicar hoje o rascunho de uma decisão sobre quatro pontos que ficaram fora da agenda oficial, mas seguem como os principais entraves das negociações: financiamento climático público; metas de redução de emissões mais ambiciosas; taxação de produtos considerados não sustentáveis; e os relatórios bienais de transparência.
As negociações seguem até o fim da semana, em busca de compromissos que reflitam o papel central da Amazônia nas metas globais de redução de emissões e adaptação climática.