No AC, família descobre que jovem foi sepultado em túmulo errado

A família de João Victor de Souza Brito, de 20 anos, descobriu no Dia de Finados que o corpo do jovem havia sido sepultado em um túmulo errado no Cemitério Jardim da Saudade, em Rio Branco. A revelação, feita pela administração do cemitério após reclamação de outra família, causou indignação e levou os familiares a anunciarem que irão buscar indenização pelo constrangimento.


De acordo com a mãe do rapaz, representantes do cemitério chegaram a propor que os restos mortais fossem transferidos de forma discreta para outra sepultura. Ela, no entanto, recusou a proposta, alegando que isso configuraria violação de túmulo pela segunda vez, e decidiu tornar o caso público.


O erro teria ocorrido ainda em janeiro deste ano, quando João Victor foi enterrado após ter sido morto a tiros no bairro Calafate, em Rio Branco. No dia 18 de janeiro, o jovem conversava com um amigo em frente a uma borracharia na Rua Mico-Leão-Dourado, no Conjunto Ilson Ribeiro, quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram e dispararam várias vezes.



João Victor foi atingido por dois tiros, um deles na cabeça, e morreu no local. Investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) confirmaram que ele foi morto por engano e que o alvo dos criminosos seria outro morador da região. Ele não tinha envolvimento com crime organizado.


Durante o velório, uma família se solidarizou com a mãe do rapaz e ofereceu o jazigo da avó para o sepultamento. Toda a documentação foi entregue à administração do cemitério, e o enterro aconteceu no mesmo dia.


Agora, além da dor pela perda do filho, a mãe enfrenta a aflição de saber que ele está enterrado no túmulo errado. Pela legislação, a troca dos restos mortais só poderá ser feita após cinco anos, prazo mínimo permitido para novo sepultamento no mesmo local, salvo em caso de decisão judicial que autorize a exumação antecipada.


Sem se identificar, a mãe cobra providências imediatas da direção do cemitério e pede mais empenho da Polícia Civil na investigação do assassinato, que segue sem solução.


“Como se já não bastasse meu sofrimento, vou ter que ver meu filho sendo sepultado pela segunda vez. Espero que a justiça seja feita nos dois casos”, desabafou.


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