No AC e RO, CV grila fazendas para estocar drogas e lavar dinheiro, aponta relatório na COP30

FOTO: ROBERTO MARTINHO

O Comando Vermelho (CV) tem utilizado áreas rurais no Acre e em Rondônia como base estratégica para grilagem de terras, armazenamento de drogas e lavagem de dinheiro proveniente do tráfico e do garimpo ilegal. A denúncia faz parte do Relatório de Avaliação da Amazônia 2025: Conectividade da Amazônia para um Planeta Vivo, apresentado nesta terça-feira (11) durante a COP30, em Belém (PA).


De acordo com o estudo, facções como o Comando Vermelho (CV) utilizam fazendas e áreas de difícil acesso no Acre e em Rondônia para estocar drogas e lavar dinheiro por meio da grilagem de terras. A partir desses pontos, a organização movimenta cargas ilícitas que seguem pelas rotas fluviais e terrestres rumo ao interior do país e às fronteiras com Peru e Bolívia, ampliando o poder das facções na região de tríplice fronteira.


O relatório também alerta que as atividades criminosas no Acre e em outros estados amazônicos agravam a crise climática, uma vez que o desmatamento, as queimadas e a contaminação de rios por mercúrio se tornaram parte da estrutura econômica dessas organizações.


Na COP30, o tema entrou pela primeira vez na Agenda de Ação da Convenção do Clima, que reconhece oficialmente o impacto do crime organizado sobre o meio ambiente. O documento cobra cooperação entre autoridades e transparência nas ações de combate às redes ilegais que lucram com a devastação da floresta.


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