O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou a possível candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como o principal nome da direita para substituir Jair Bolsonaro (PL), preso desde sábado (22), nas eleições de 2026.
“Sempre disse que onde o PT estiver, eu estarei do outro lado […]. Mas não conte comigo para esconder a pretensão de quem tiraria proveito da tortura feita contra meu pai, ou qualquer inocente”, escreveu na rede X. “Tarcísio é o candidato que o sistema quer e eu sempre serei claro com meus eleitores”, destacou.
Na quinta-feira (27), em entrevista ao Uol, Eduardo admitiu apoio ao republicano em uma eventual disputa contra Lula (PT) à presidência nas eleições do ano seguinte. Nesta sexta, o deputado federal esclareceu que, embora vote em qualquer adversário do petista, não considera o nome de Tarcísio como positivo para a direita. A publicação foi feita junto de um print da reportagem que destaca a entrevista de quinta, com o título de “Eduardo Bolsonaro admite apoio a Tarcísio como ‘voto anti-Lula’.
“Uma pessoa de princípios, ao ver que mantém em cárcere privado um sujeito apenas para beneficiá-lo numa eleição, deveria ser a primeira a recusar a candidatura — a qualquer cargo. O apego ao cargo detona com o político. Eu não compactuo com quem prende idosos e pessoas inocentes”, concluiu.
Até o momento, o governador de São Paulo não respondeu às críticas.
O cenário de 2026 para Tarcísio
Um levantamento realizado pelo Paraná Pesquisas divulgado na terça-feira (11) testou cenários de primeiro e segundo turno para a disputa presidencial de 2026. No cenário projetado com Lula e Tarcísio de Freitas, o petista lideraria o primeiro turno com 36% ante 23,2% do republicano.
No segundo turno, os candidatos estariam tecnicamente empatados pela margem de erros. Lula desponta com 43% ante 41,8% de Tarcísio.
Para a pesquisa, o instituto entrevistou 2.020 eleitores em 164 municípios em 26 estados e no Distrito Federal entre entre os dias 6 e 10 de novembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com 95% de confiança.
