A Polícia Civil do Acre (PCAC) prendeu, na quarta-feira, 19, uma mulher apontada como integrante de uma quadrilha internacional especializada em furtos a estabelecimentos comerciais de grande porte. A venezuelana Yusmary Carolina Querales Noguera, de 42 anos, foi localizada em um hotel em Rio Branco durante ação realizada pela Delegacia-Geral de Plácido de Castro, com apoio da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Draco).
A prisão é resultado de um trabalho conjunto com a Polícia Civil de São Paulo, que já investigava o grupo. Segundo o delegado Leandro Lucas, responsável pelas diligências no Acre, trata-se de uma organização criminosa altamente estruturada, com foco no furto de produtos de alto valor em grandes redes de farmácias. Os itens subtraídos eram posteriormente distribuídos entre outros membros da quadrilha.
“As investigadas foram condenadas no estado de São Paulo e, após as sentenças, passaram a circular estrategicamente por vários estados brasileiros, sempre tentando escapar da ação policial”, afirmou o delegado.
A quadrilha é composta por três mulheres venezuelanas e possui histórico de atuação em São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Rondônia e Acre. Policiais civis dos dois estados intensificaram o monitoramento após identificarem que as suspeitas transitavam entre Plácido de Castro e a Vila Evo Morales, na Bolívia, utilizando a fronteira para dificultar o rastreamento.
Com as informações levantadas, investigadores da PCAC localizaram Yusmary Noguera hospedada na capital acreana. A prisão ocorreu em cumprimento a mandado expedido pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Votuporanga (SP). Cada integrante do grupo foi condenada a aproximadamente 18 anos de prisão pelos crimes praticados.
Após ser presa, Yusmary foi encaminhada à Delegacia Central de Flagrantes (Defla) e, posteriormente, ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.
O delegado Leandro Lucas informou que as diligências continuam para localizar as demais integrantes da quadrilha, que seguem foragidas. “A Polícia Civil do Acre, em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo, permanece empenhada em localizar e prender as demais condenadas.”