Monitorado da Justiça morre após ser espancado por “tribunal do crime”

Um homem identificado como Francisco Ferreira da Silva, de 49 anos, que cumpria medidas judiciais com o uso de tornozeleira eletrônica, morreu na noite de sexta-feira (31), na UTI do Pronto-Socorro de Rio Branco, após ter sido brutalmente espancado no bairro Papoco, região considerada uma das mais violentas da capital acreana.


De acordo com informações repassadas pela polícia, Francisco possuía várias passagens pelo sistema prisional por crimes de roubo e furto, atuando principalmente na região central da cidade.


O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para socorrer a vítima, inicialmente sob a suspeita de intoxicação por drogas. No entanto, ao chegarem ao local, os socorristas constataram que o homem apresentava diversos hematomas e sinais de espancamento severo.


Francisco foi encaminhado ao Pronto-Socorro em estado gravíssimo. Mesmo após ser atendido pela equipe médica, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu aos ferimentos, vindo a óbito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).


A Polícia Civil foi informada do caso, e agentes da Equipe de Pronto Emprego (EPE) estiveram na unidade de saúde para coletar informações. A partir do rastreio da tornozeleira eletrônica, os investigadores confirmaram que o espancamento ocorreu no bairro Papoco, possivelmente como uma “punição” imposta pelo chamado tribunal do crime — uma prática comum entre facções criminosas para disciplinar integrantes ou punir suspeitos de descumprir regras internas.


O bairro Papoco é apontado pelas autoridades como uma área de alto índice de criminalidade, marcada pelo tráfico de drogas e atuação de facções.


O caso foi encaminhado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ficará responsável por conduzir as investigações e identificar os envolvidos no crime.


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