O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou duramente a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou o início do cumprimento da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Para ele, manter o ex-chefe do Executivo em uma sala especial da PF, e não em prisão domiciliar, é “um absurdo”.
Segundo Flávio, a condição médica do pai deveria ter sido determinante para que o STF o mantivesse em casa. “Ele tinha que ser colocado em prisão domiciliar, no mínimo. É onde ele tem cuidado de verdade, com acompanhamento constante da família. Isso nos deixa menos preocupados com a saúde dele, com o refluxo, com a possibilidade de broncoaspirar”, disse a jornalistas no Senado.
Bolsonaro foi condenado pelo Supremo a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado, por liderar a trama golpista que tentou impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.
A defesa deve insistir na tese de que o ex-presidente não tem condições clínicas para ficar sob custódia policial, especialmente depois da tentativa de violação da tornozeleira eletrônica que motivou a prisão preventiva no sábado (22).
Flávio endureceu o discurso contra o ministro Alexandre de Moraes. “O tempo inteiro parece uma força-tarefa para matar psicologicamente e fisicamente o presidente Bolsonaro. Isso é muito desumano. Nunca vi nem um traficante ser tratado desse jeito”, declarou.
O senador esteve na Superintendência da PF mais cedo para visitar o pai. Segundo relatou, encontrou o ex-presidente “psicologicamente muito abalado” e “inconformado” com a decisão que converteu a prisão preventiva em cumprimento definitivo da pena.


