Família do deputado Silas Câmara é citada em investigação da CPMI do INSS

A família do deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM) foi citada durante sessão da CPMI do INSS, nesta segunda-feira (3), que apura fraudes em descontos indevidos de benefícios previdenciários.


Segundo documentos apresentados pelo deputado Alfredo Gaspar (União-AL), a Confederação Brasileira dos Trabalhadores da Pesca e Aquicultura (CBPA) teria feito pagamentos à empresa Network, que depois foram repassados a parentes de Silas Câmara e a empresas ligadas ao grupo familiar. Entre os citados estão Jônatas Câmara, Heber Tavares Câmara e Milena Câmara, filha do parlamentar, apontada como advogada da CBPA.


A denúncia surgiu após relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) indicar que a confederação, mesmo sem funcionários registrados, teve aumento repentino de filiados após firmar convênio com o INSS. O órgão identificou descontos irregulares em aposentadorias, o que levou à Operação Sem Desconto, conduzida pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.


Durante o depoimento do presidente da CBPA, Abraão Lincoln Ferreira, parlamentares o acusaram de omitir informações e proteger políticos influentes, entre eles a família Câmara. O relator da comissão e a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) criticaram a postura do depoente, afirmando que ele estaria tentando blindar os verdadeiros beneficiários do esquema.


A CPMI apura se os repasses da CBPA à Network e aos familiares de Silas Câmara fazem parte de um esquema de desvio e lavagem de dinheiro. Ferreira negou irregularidades, mas não explicou quais serviços foram prestados pelos parentes do deputado à entidade.


Após o depoimento, Abraão Lincoln Ferreira da Cruz foi preso em flagrante por falso testemunho, por determinação do presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG). As investigações seguem sob sigilo.


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