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Entre governos, ambientalistas e empresas, COP30 reúne 60 mil pessoas em Belém

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, caminha no dia em que posa para uma foto de família com delegados que participam de uma cúpula climática antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em Belém, Brasil, em 7 de novembro de 2025. REUTERS/Anderson Coelho

Pela primeira vez, a Conferência das Partes (COP), principal fórum de deliberação sobre a agenda climática global, será realizada no Brasil — e no coração da Amazônia. O encontro que começa nesta segunda-feira tem a expectativa de reunir cerca de 60 mil pessoas em Belém.


A previsão é de que as agendas durem até 21 de novembro, mas há a possibilidade de esticar o evento se as negociações empacarem. (saiba mais no link ao fim desta reportagem)


Podem participar da conferência todos os 198 países signatários da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). Além de chefes de Estado e ministros — que já se reuniram na cúpula de líderes, na semana passada —, costumam bater ponto nos debates cientistas, ativistas e representantes da sociedade civil e do setor empresarial.


Além disso, é comum que países se organizem em grupos e coalizões, por questões territoriais ou de pautas específicas. Existe, por exemplo, a G77, que une nações em desenvolvimento.


As negociações de uma COP servem para alinhar os interesses globais em torno de objetivos concretos, como metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, mecanismos de financiamento de projetos climáticos, transição para economia de baixo carbono e outros pactos globais. A presidência da COP prioriza os temas, define objetivos e molda as discussões.


Debate técnico e acordos

A primeira semana das COPs costuma ser reservada a debates mais técnicos, enquanto a segunda concentra encontros políticos e assinaturas de acordos. O terreno já veio sendo preparado desde a cúpula de líderes, que ocorreu nas últimas quinta e sexta-feira.


As metas firmadas ao final de uma COP precisam ser consensuais, e todos os países têm direito a voto. Embora resoluções dessa natureza demandem discussões ao longo do ano inteiro, é na conferência que os memorandos costumam ser de fato finalizados e assinados.


 


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