O vice-presidente brasileiro e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, assinou uma carta de compromisso que celebra o lançamento da consulta pública da Estratégia Nacional de Descarbonização Industrial (Endi). A assinatura da carta foi na zona verde da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). “É urgente reduzir emissão de poluentes; países dos trópicos sofrem mais”, afirmou Alckmin.
A Estratégia Nacional de Descarbonização Industrial tem como objetivo transformar a “descarbonização em motor de competitividade e desenvolvimento econômico sustentável”. São contemplados os setores da siderurgia, cimento, químico, papel e celulose, alumínio e vidro.
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a estratégia vai articular ações voltadas à inovação, eficiência e criação de mercados de produtos de baixo carbono.
A estratégia está estruturada em quatro pilares interligados: pesquisa, desenvolvimento, inovação (PD&I) e capacitação profissional – incentivo à criação de soluções tecnológicas nacionais e à formação de mão de obra qualificada; insumos descarbonizantes – substituição progressiva de insumos e energéticos fósseis por alternativas mais sustentáveis, como biocombustíveis, hidrogênio de baixa emissão, biomassa e materiais reciclados; estímulo à demanda por produtos de baixo carbono – consolidação de mercados por meio de certificações, rotulagens e políticas de compras públicas sustentáveis, ampliando a competitividade da indústria brasileira; e financiamento e incentivos – estruturação de instrumentos de crédito, incentivos fiscais e mecanismos de defesa comercial para garantir as condições necessárias à transição industrial.
De acordo com a CNI, o ato consolida a cooperação entre governo federal e setor produtivo e reforça a “disposição da indústria em contribuir para a redução da intensidade de carbono na produção”.
O fortalecimento de uma base industrial inovadora, competitiva e socialmente responsável é condição essencial para que o “Brasil alcance as metas climáticas até 2050”, diz comunicado da CNI.
A cerimônia tem a presença de representantes de associações industriais, como a CNI, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), Associação Brasileira das Indústrias de Vidro, Instituto Aço Brasil, Indústria Brasileira de Árvores, Sindicato Nacional da Indústria de Cimento e Associação Brasileira de Cimento Portland.


