O dólar oscilou em margens estreitas no Brasil e fechou a segunda-feira muito próximo da estabilidade, abaixo dos R$5,40, em meio ao aumento das apostas de que o Federal Reserve cortará juros em dezembro, enquanto no exterior a moeda norte-americana sustentava no fim da tarde leves perdas ante outras divisas de emergentes.
Investidores também acompanham os desdobramentos da liquidação do Banco Master e seus impactos. Do lado fiscal, o governo deve bloquear mais R$ 3,3 bilhões em despesas para cumprir a meta, reforçando a percepção de pressão orçamentária.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista encerrou a sessão em leve baixa de 0,13%, aos R$5,3951 na venda. No ano, a divisa acumula perdas de 12,69%.
Às 17h03, o contrato de dólar futuro para dezembro — atualmente o mais negociado no Brasil — cedia 0,29% na B3, aos R$5,4010.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,395
- Venda: R$ 5,395
Dólar Turismo
- Compra: R$ 5,417
- Venda: R$ 5,597
O que aconteceu com dólar hoje?
No Brasil, os investidores estarão atentos à participação de Galípolo no almoço anual da Febraban, a partir das 12h, em busca de pistas sobre o futuro da taxa básica Selic, atualmente em 15% ao ano. Parte do mercado aposta em um corte da taxa já em janeiro, de 25 pontos-base, mas o BC tem mantido discurso cauteloso em relação à política monetária.
O diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos tem sido apontado por analistas como um fator de atração de recursos para o país, o que vem mantendo o dólar em níveis mais baixos.
A projeção de inflação para 2025 voltou a cair nesta semana, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central. A estimativa para o IPCA recuou de 4,46% para 4,45%, enquanto o mercado manteve estáveis as projeções para o câmbio, em R$ 5,40, e para o PIB, em 2,16%. A Selic para o próximo ano permaneceu em 15%, completando 22 semanas de estabilidade.
Fica no radar ainda a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinar prisão preventiva “motivada por novos elementos que indicam risco concreto de fuga e ameaça à ordem pública”.


