O dólar fechou em baixa pela quinta sessão consecutiva no Brasil, no menor valor desde junho do ano passado, acompanhando o recuo da moeda norte-americana no exterior, depois de o Senado dos Estados Unidos aprovar uma proposta para encerrar a paralisação do governo norte-americano.
A busca por ativos brasileiros nesta terça-feira, como ações e títulos, também afetou positivamente o mercado de câmbio, após a inflação de outubro no Brasil ficar abaixo do esperado e a ata do Copom abrandar o discurso sobre a inflação.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista fechou em baixa de 0,62%, aos R$5,2746 na venda — menor cotação desde os R$5,2493 de 6 de junho de 2024. No ano, a divisa acumula queda de 14,64%.
Às 17h10, o contrato de dólar futuro para dezembro — atualmente o mais negociado no Brasil — cedia 0,34% na B3, aos R$5,2950.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,274
- Venda: R$ 5,274
Dólar Turismo
- Compra: R$ 5,294
- Venda: R$ 5,474
O que aconteceu com dólar hoje?
O Senado dos EUA aprovou por 60 votos a 40 uma proposta para encerrar a paralisação recorde do governo norte-americano e a meedida será agora analisada pela Câmara dos Deputados do país. Os investidores, ao mesmo tempo, ainda manifestavam alguma preocupação com a valorização dos papeis do setor de tecnologia, o que pesava sobre alguns índices de ações.
O projeto segue agora para a Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, onde o presidente da Casa, Mike Johnson, disse que gostaria de aprová-la já na quarta-feira. Na sequência o texto irá para a sanção de Trump.
Assim como na véspera, a expectativa de encerramento da paralisação nos EUA estimulava a busca por ativos de risco, como ações e moedas de países emergentes, como o real, o peso chileno e o peso mexicano.
A queda do dólar ante o real também estava em sintonia com o novo avanço do Ibovespa, para acima dos 156 mil pontos, e com a queda firme das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), em mais um dia positivo para os ativos brasileiros.
Na cena local, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avalia que a taxa Selic em 15% ao ano é suficiente para garantir a convergência da inflação à meta, mas reafirmou que o patamar elevado precisará ser mantido por um “período bastante prolongado”. A avaliação consta da ata da 274ª reunião do comitê, divulgada nesta terça-feira (11).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,09% em outubro, ante alta de 0,48% em setembro. Esse resultado é o menor para um mês de outubro desde 1998, quando foi registrada alta de 0,02%. No ano, a inflação acumula alta de 3,73% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,68%. Em outubro de 2024, a variação havia sido de 0,56%.
(Com Reuters)


