O diretor operacional do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Tiênio Rodrigues Costa, tornou-se alvo de uma investigação policial após a ex-companheira, com quem viveu 23 anos, registrar um Boletim de Ocorrência no dia 10 de novembro relatando um episódio de tentativa de feminicídio. A denúncia envolve o uso de uma caminhonete Triton cinza, veículo oficial do órgão, durante um encontro na frente da residência do servidor.
Conforme o registro policial, a mulher relatou que chegou ao local por volta das 20h15 e encontrou Tiênio dentro do veículo oficial. Ao se aproximar para conversar, ela apoiou o braço na porta da caminhonete. No mesmo momento, segundo o depoimento, o diretor acelerou o veículo, fazendo com que ela fosse arrastada por alguns segundos até cair ao solo e desmaiar logo depois.
A vítima informou que sofreu escoriações nos joelhos, coxas, mãos, antebraços e barriga. O capacete que utilizava impediu ferimentos na cabeça. Ela também afirmou que Tiênio deixou o local sem prestar socorro.
Após recuperar a consciência, a mulher solicitou apoio policial, relatando medo de novas agressões e pedindo encaminhamento para atendimento médico e abrigo seguro. O caso foi enviado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito.
Na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), ela pediu Medidas Protetivas de Urgência. Entre as solicitações estão a suspensão do porte de arma do acusado, a proibição de aproximação e a proibição de contato por qualquer meio, conforme previsto na Lei Maria da Penha.
O inquérito já foi instaurado e segue em andamento.
Procurado pela reportagem via WhatsApp, o presidente do Iapen, Marcos Frank, não se pronunciou a respeito da denúncia.
A acusação se soma a outra investigação já em curso no Ministério Público, em que Tiênio é apontado por suposto nepotismo ao, segundo denúncia, ter indicado a atual namorada para atuar em uma empresa terceirizada contratada pelo Iapen.

