O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), afirmou na manhã desta quarta-feira (19), em entrevista ao ac24horas, que a “tendência” é assumir sua pré-candidatura ao governo do Acre em 2026, mas somente no início do próximo ano. Até lá, reforçou que continuará dedicado exclusivamente à gestão municipal e às obras em andamento na capital.
A fala ocorre em meio às movimentações intensas dentro do MDB e do próprio grupo de direita no estado. Nos últimos dias, a vice-governadora Mailza Assis e o senador Alan Rick procuraram o MDB em busca de apoio para as eleições de 2026. O presidente da sigla, Vagner Sales, também declarou que o partido está aberto a dialogar com uma eventual pré-candidatura de Bocalom, caso ele manifeste interesse.
Questionado se já existe uma data para tornar sua decisão pública, o prefeito destacou que o momento ainda não é de tratar do pleito. “A tendência é de que a gente realmente assuma essa candidatura, mas não agora. […] A partir do ano que vem a gente toma essas decisões. Acho que lá para janeiro a gente toma a decisão final disso tudo”, afirmou. Segundo ele, o foco de 2025, repetindo o discurso do governador Gladson Cameli, deve permanecer no trabalho administrativo.
Bocalom destacou que seu nome “já é consolidado no estado” e que não tem pressa para oficializar a intenção de concorrer. Disse também que qualquer anúncio deve ocorrer somente quando houver consenso dentro do grupo político ao qual pertence. “Se o grupo achar que devo lançar a candidatura, a gente coloca o nome. Se achar que não, também não tem problema”, declarou.
Ao comentar sobre quem teria maior peso no processo de decisão – o governador Gladson Cameli, o senador Márcio Bittar ou demais lideranças – o prefeito afirmou que a construção será coletiva. “Nós somos um grupo. O PP, a União Brasil e o PL formam à direita no estado. Precisamos conversar com todo mundo: o governador Gladson, o senador Márcio, a Mailza, todas as nossas lideranças”, disse. Ele reforçou que o objetivo do grupo é manter o comando do estado e avançar em um projeto de desenvolvimento “com verdadeira justiça social”.
O prefeito foi questionado sobre o fato de que seu cronograma não coincide com o do MDB, que pretende anunciar em 15 de dezembro quem apoiará em 2026. Bocalom minimizou a possível perda de “timing” político. “O MDB sempre foi importante nas eleições, mas eu não quero falar disso agora. Quero continuar cuidando das obras. O ano que vem a gente trata da questão eleitoral”, respondeu.
Também foi perguntado se poderia disputar o Senado caso não concorra ao governo. Bocalom negou de forma categórica. “Não, em absoluto. Os senadores são o Gladson Cameli e o Márcio Bittar. Jamais vou trair qualquer um deles”, declarou.


