Café robusta amazônico, mel de abelha, farinha de Cruzeiro do Sul, palmito, cachaça e uma grande variedade de artesanatos do Acre estão expostos no estande do Consórcio Interestadual da Amazônia, na Zona Verde da COP30, em Belém/PA.
Os produtos, oriundos do reflorestamento, têm atraído visitantes de diversos países, interessados em levar para casa uma amostra do que é possível extrair da biodiversidade da Amazônia sem prejuízo ambiental.
“A ideia é divulgar os nossos produtos e mostrar que no Acre há incentivo para produzir com responsabilidade em áreas de reflorestamento, que são áreas que um dia foram degradadas e hoje são utilizadas para a sobrevivência do homem que mora no campo”, destacou o técnico de campo da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), Murilo Matos.
As sapatilhas, pulseiras, colares e bolsas produzidas com o látex extraído das seringueiras são algumas das peças de artesanatos quem mais têm chamado atenção na COP30, que também é um espaço para negociações, além das discussões e busca por soluções relacionadas a mudanças do clima. O empresário carioca Carlos Henrique Torres adquiriu duas sapatilhas, uma ele já calçou na hora para caminhar pelos pavilhões do evento e com a outra ele presenteou sua mulher.
“Trabalho com turismo de base comunitária, no qual tive a oportunidade de conhecer produtos feitos de látex, que me despertaram grande interesse. Gostei bastante das sapatilhas também, são muito bem feitas e confortáveis”, conta.
O responsável pela produção das sapatilhas e outros artesanatos de látex é o artesão José Rodrigues Araújo, também conhecido como Doutor da Borracha. Em Epitaciolândia, distante 228 Km de Rio Branco, ele confecciona os seus produtos, já conhecido em diversos países.
“É com muito orgulho que estou expondo meus produtos na COP30, um espaço onde há pessoas do mundo inteiro observando o que eu faço. Foram mais de 400 peças produzidas especialmente para o evento e tenho certeza que vou comercializar todas aqui e fazer novos negócios”, completou o artesão.

Foto: Pedro Devani/Secom.
Iguarias acreanas ganham as prateleiras do estande do Sebrae
Na Zona Verde, pavilhão da COP30 aberto ao público, há ainda uma exposição de produtos acreanos no estande do Sebrae. A farinha de Cruzeiro do Sul é o carro-chefe, mas também há os seus derivados, como o chocolate feito de farinha de mandioca e a farofa pronta para quem deseja conhecer um pouco do tempero acreano.
“A COP30 conseguiu colocar os produtos da bioeconomia acreana à disposição do mercado regional, nacional e internacional. O papel do Sebrae aqui no evento é fomentar o empreendedorismo, fazer a aproximação do produtor e mercado para que as transações comerciais continuem pós-COP”, destacou o analista do Sebrae, Francinei Santos.
A exposição dos produtos acreanos na vitrine do Sebrae acontece a partir de um acordo de cooperação técnica com o governo do Estado, por meio das Secretarias de Estado de Agricultura e de Meio Ambiente, além da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) e do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf).
“Existe um comitê gestor de agronegócio e economia e tudo o que o Sebrae e governo fazem é de mãos dadas, visando apoiar os produtores rurais, a indístria e o ecossistema de mercado”, finalizou.