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Suspeita de envolvimento na morte de professor é solta sem precisar pagar fiança no AC

Marijane Maffi é vizinha de suspeito que confessou ter matado professor de dança — Foto: Reprodução

Após ficar três dias presa, Marijane Maffi, de 46 anos, suspeita de envolvimento na morte do professor de dança Reginaldo Silva Corrêa, foi solta no último sábado (4) após a Justiça acreana liberá-la de pagar a fiança de R$ 10 mil que havia sido estabelecida. Ela terá que cumprir outras medidas cautelares.


g1 entrou em contato com a defesa de Marijane, que disse que não está autorizada a se pronunciar sobre o caso.


No entanto, a reportagem teve acesso ao processo que destaca que Marijane é motorista da Secretaria Municipal de Saúde de Epitaciolândia. No documento, a defesa dela alegou que o valor pedido para a fiança era incompatível com sua renda, já que ela recebe R$ 2.919,14. Com isso, o desembargador Francisco Djalma decidiu pela liberação dela.


Ainda no processo, a defesa de Marijane também alega que ela é dependente química e, por isso, solicitou a internação em uma clínica terapêutica.


Com a retirada da fiança, foram mantidas as medidas como:


  • obrigação de permanecer em casa das 20h às 6h na maioria dos dias da semana e de 19h às 6h nas sextas-feiras;
  • comparecer perante o juízo mensalmente; e
  • proibição de frequentar bares, boates e outros tipos de estabelecimento onde haja venda de bebidas alcoólicas.

Ela também foi proibida de manter contato com testemunhas do caso, de se ausentar da comarca de Epitaciolândia por mais de 10 dias sem autorização da Justiça.


Por receio de uma suposta retaliação no município, a defesa alegou que ela precisa cumprir o tratamento em Porto Velho, em uma clínica que cobrará, ao todo, R$ 35 mil pela internação.


Até a última atualização desta reportagem, ainda não havia decisão judicial sobre este pedido.


Transferência de suspeito

Com a liberação de Marijane, apenas Victor Oliveira da Silva, de 27 anos, que confessou o assassinato do professor, segue preso e deve ser transferido para o Complexo Prisional de Rio Branco.


g1 entrou em contato com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), que informou que não pode divulgar detalhes sobre transferências por motivos de segurança.


Victor Oliveira da Silva, de 27 anos, monitorado da Justiça, confessou ter assassinado e enterrado professor Reginaldo Silva Correa — Foto: Reprodução

Victor Oliveira da Silva, de 27 anos, monitorado da Justiça, confessou ter assassinado e enterrado professor Reginaldo Silva Correa — Foto: Reprodução

Crime

 


Reggis foi encontrado morto em uma cova rasa no último dia 1º, seis dias após desaparecer. O caso provocou comoção entre familiares, amigos e alunos. A Polícia Civil prendeu Victor Oliveira da Silva, de 27 anos, e Marijane Maffi, de 46, apontados como suspeitos de envolvimento no assassinato.


Em depoimento, Victor confessou o crime e afirmou ter atraído o professor até sua casa para um encontro, onde os dois acabaram discutindo.


Ele contou que aplicou um golpe “mata-leão”, percebeu que a vítima não tinha mais batimentos cardíacos, dormiu ao lado do corpo e enterrou o professor no dia seguinte.


Ainda segundo a investigação, Marijane teria ajudado o suspeito a tentar ocultar o crime, pois levou o carro do professor até Cobija, na Bolívia, sob o pretexto de que o veículo estava sendo vendido.


Reginaldo Silva Corrêa, conhecido como Reggis — Foto: Arquivo pessoal

Reginaldo Silva Corrêa, conhecido como Reggis — Foto: Arquivo pessoal

Reggis, como era conhecido, havia desaparecido na noite de 29 de setembro, quando disse à ex-esposa, Keloiza Lima Paiva, que iria fazer uma entrega. Como a maior parte dos parentes dele não mora em Epitaciolândia, foi a mulher quem registrou boletim de ocorrência.


Ele havia retornado de uma viagem a Fortaleza e chegou a falar com Keloiza pouco antes de sumir. Reggis teve o corpo localizado em um terreno entre as casas dos dois suspeitos.


Acadêmico de Educação Física, ele também era agente territorial do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), coreografo e professor de dança no estilo zumba.


Ele deixou uma filha de seis anos. Após a confirmação da morte, parentes, amigos e instituições divulgaram notas lamentando o ocorrido.


Corpo foi encontrado em cova rasa em Epitaciolândia — Foto: Arquivo pessoal

Corpo foi encontrado em cova rasa em Epitaciolândia — Foto: Arquivo pessoal

Como a polícia chegou até os suspeitos?

Foi entregue aos investigadores um notebook que pertencia a Reggis. No equipamento, descobriram a conversa da vítima com Victor em um aplicativo de mensagens.


Como o suspeito já era monitorado eletronicamente pela Justiça devido um outro crime, os agentes conseguiram o endereço de uma obra onde ele estava trabalhando e o levaram para depor.


Logo que foi abordado pelos policiais, segundo a própria guarnição, ele começou a chorar e admitiu ter matado Reggis.


O suspeito também levou os policiais até o local onde o corpo do professor estava enterrado. Além disso, agentes da polícia boliviana localizaram o carro do professor e o entregaram à Polícia Civil do município vizinho.


Fonte:G1 Acre


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