Docentes do Acre se juntaram a professores de outros 15 estados brasileiros em um movimento nacional que busca reverter a redução da carga horária de filosofia e sociologia nas escolas públicas.
A mobilização, liderada por entidades como a Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Brasil (Aproffib) e a Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais (Abecs), ocorre também na Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Tocantins, Pará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e São Paulo.
O professor Christian Lindberg, diretor de Políticas Educacionais da Associação Brasileira de Ensino de Filosofia (Abefil), explica que o movimento busca garantir ao menos duas horas semanais para cada disciplina em todas as séries.
A mobilização ganhou força após a aprovação da Lei nº 14.945/2024, que reformou o ensino médio. Embora mantenha a obrigatoriedade das disciplinas, a legislação não definiu uma carga horária mínima, o que, segundo a Abecs, abriu brechas para cortes nas redes estaduais.
O Ministério da Educação afirma que acompanha a implementação das novas diretrizes do ensino médio, orientadas pelo Conselho Nacional de Educação, com o objetivo de garantir “justiça curricular” e condições adequadas de ensino.
O debate já chegou ao Congresso Nacional, onde uma frente parlamentar em defesa da filosofia e da sociologia foi criada para pressionar as secretarias estaduais e o Ministério da Educação.
 
				












