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Polícia desmantela quadrilha que usava deepfake de Gisele Bündchen para golpes

Grupo suspeito de usar vídeo com 'deepfake' da modelo Gisele Bündchen para aplicar golpes com vendas de produtos é alvo de operação policial no RS — Foto: Reprodução

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (1º), uma operação contra um grupo criminoso que utilizava vídeos de deepfake de celebridades para aplicar golpes virtuais em todo o país. Entre as personalidades usadas pelos fraudadores estão a modelo Gisele Bündchen e as apresentadoras Angélica Huck, Juliette, Maísa e Sabrina Sato.


Segundo a investigação, os criminosos enganavam vítimas com anúncios falsos de produtos na internet, movimentando valores que podem chegar a R$ 210 milhões. Até o momento, quatro pessoas foram presas.


Como funcionava o golpe

Em um dos esquemas, a quadrilha criou um vídeo falso com a imagem e voz de Gisele Bündchen, simulando uma campanha em que supostas malas de viagem eram oferecidas gratuitamente. Para receber o produto, o interessado precisava pagar apenas uma taxa de frete, de R$ 44,57.


A vítima, no entanto, era direcionada a sites falsos, que imitavam páginas legítimas de venda. Após o pagamento, o produto nunca era entregue e o dinheiro era desviado para contas de fachada.


No total, a Justiça expediu 26 ordens judiciais, incluindo sete mandados de prisão preventiva, nove de busca e apreensão e bloqueio de 21 contas bancárias e carteiras de criptoativos. Foram ainda sequestrados 10 veículos de luxo. As ações ocorreram no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Pernambuco.


Ostentação nas redes sociais

De acordo com a polícia, os investigados utilizavam as redes sociais como vitrines de ostentação, exibindo carros de alto padrão, como Porsche Cayenne S, Range Rover Velar e BMW 430i, além de motocicletas de luxo.


Em um dos casos, um dos criminosos debochou de uma vítima que havia perdido R$ 800 no golpe. “Colocou R$ 200, perdeu. Depois colocou mais R$ 600”, ironizou em seu perfil.


Os investigadores descobriram que ao menos um dos integrantes do grupo atuava como “mentor” de golpes digitais, ensinando técnicas a outros interessados. Segundo a polícia, isso criou uma rede de multiplicação do crime.


Os suspeitos deverão responder pelos crimes de estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e jogo de azar. A Polícia Civil segue rastreando valores e investigando possíveis ramificações do esquema.


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