O governo do Rio de Janeiro confirmou no início da tarde desta quarta-feira (29) que o total de mortos na Operação Contenção chegou a 119. O número, divulgado pela gestão Cláudio Castro (PL), pode aumentar, já que novas remoções de corpos continuam sendo registradas em áreas de mata no Complexo da Penha.
A ação, realizada na terça-feira (28), teve como alvo integrantes do Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte da capital. Até o dia anterior, o balanço oficial apontava 64 mortos, 60 suspeitos e quatro policiais.
Segundo o governo, a operação mobilizou mais de 2,5 mil agentes e tinha como objetivo cumprir 69 mandados de prisão em 180 endereços. Até o momento, 81 pessoas foram presas e mais de 100 fuzis apreendidos.
Na madrugada desta quarta, moradores da Penha retiraram ao menos 70 corpos de uma área de mata na Serra da Misericórdia, região que concentrou os confrontos. Os corpos foram levados até a Praça São Lucas, onde familiares iniciaram o reconhecimento das vítimas. A contabilização desses corpos levaria o total de mortos para 138.
Durante a operação, suspeitos de integrar o Comando Vermelho usaram drones para lançar explosivos contra as forças de segurança e moradores, numa tentativa de retardar o avanço policial. O confronto provocou tiroteios e bloqueios em diversas vias, que chegaram a deixar o Rio em cenário de guerra por mais de 12 horas.
Diante da dimensão da operação, defensores de direitos humanos solicitaram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos o envio de interventores e peritos internacionais para o estado.
A imprensa internacional repercutiu o caso, afirmando que o Rio vivia “cenário de guerra”, e “caos colossal”. Em entrevista coletiva nesta quarta, o governador Cláudio Castro classificou a operação como um “sucesso”, e que a ação representou um “duro golpe na criminalidade” e minimizou o número de vítimas, dizendo que “de vítimas lá só tivemos os policiais”.












