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No Festival da Macaxeira, Bocalom diz que nunca escondeu desejo de ser governador

Foto: Sérgio Vale/ac24horas

A Prefeitura de Rio Branco, em parceria com a Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa), deu início nesta sexta-feira, 03, à segunda edição do Festival da Macaxeira e Agronegócio, realizado no Horto Florestal. Na primeira noite de programação, o prefeito Tião Bocalom (PL) ressaltou a importância do evento como vitrine da produção rural e falou sobre os desafios da agricultura e o futuro político no Acre.


“Bom, primeiro eu quero agradecer ao nosso querido ac24horas, vocês dois aqui junto com a gente, é muito importante, porque vocês conseguem levar em tempo real, às pessoas que estão em casa, que não puderam vir, pra poder ver como é que está a situação aqui no Horto Florestal. Neste caso, a macaxeira é a nossa vitrine da zona rural, funcionando, a vitrine do homem do campo. Então, macaxeira é por quê? Porque a macaxeira realmente é o alimento que todo acreano consome, aliás, todo nordestino, todo nortista gosta muito dos derivados da macaxeira”, afirmou.


Segundo o prefeito, o festival busca ir além da programação cultural. “A macaxeira é apenas a vitrine, mas aqui a gente vai ter palestras sobre café, leite, banana e cacau. Nós queremos que isso daqui seja um lugar onde as pessoas que querem conhecer o campo, querem saber do potencial da produção agrícola da nossa cidade, ou do nosso estado, possam ter um local pra vir conhecer. E é exatamente o Festival da Macaxeira”, pontuou.


Bocalom destacou ainda que o modelo do evento rompe com o formato tradicional de festas que priorizam grandes atrações musicais. “Estamos quebrando o paradigma, porque o normal desses festivais é que você contrata artista, gasta um horror de dinheiro, e as pessoas não vêm pra ver o fundamento. O fundamento aqui é a alimentação, é a roça, é a nossa produção rural. Essa daqui a gente quer fazer com que se transforme realmente no local onde se encontram os produtores rurais, onde as famílias da cidade possam vir aqui e conhecer o trabalho do homem rural. Esse é o objetivo maior”, destacou.


Ao comentar sobre a realização no Horto Florestal, o prefeito disse acreditar que o espaço se consolidou como sede do festival. “Tá acontecendo aqui esse ano por uma questão de que tivemos que mexer lá na Via, não tinha como fechar. Então, achamos outro lugar, e agora eu acho o seguinte: não se vai mais daqui. Pegou. Aqui tem a cara do homem do campo, tem mais uma cara rural. Então, eu acho que pegou”, pontuou.


Durante a entrevista, Tião Bocalom voltou a defender a industrialização da mandioca como alternativa econômica para o Acre. “O nosso sonho, desde que fui prefeito de Acrelândia, foi atrair uma indústria de fécula de mandioca. A mandioca é nossa, é da Amazônia. A Embrapa já mostrou que a produtividade aqui é muito maior que no Paraná. A fécula é a alternativa. Se a gente tivesse uma indústria que produz 200 toneladas aqui, Manaus consumiria tudo”, ressaltou.


Ele ressaltou, no entanto, a necessidade de políticas públicas mais robustas para viabilizar o projeto. “A iniciativa privada não arrisca. O que faltou sempre aqui foi um programa de governo que criasse o ambiente, a credibilidade necessária e incentivasse o produtor. Até hoje nunca teve um programa desse porte. Uma prefeitura apenas é difícil fazer, porque envolve isenção de ICMS e outras coisas. É coisa de governo, não é coisa de prefeitura”, avaliou.


Questionado sobre uma possível candidatura ao Palácio Rio Branco, Bocalom afirmou que nunca escondeu o desejo de ser governador do Acre. “Eu nunca escondi, porque afinal de contas fui candidato a governador três vezes, perdi uma por 0,5%. Isso nunca saiu do radar. Agora, o povo de Rio Branco me elegeu prefeito, e me reelegeu no primeiro turno. Nós temos compromisso com a nossa cidade. Hoje, temos 107 obras em andamento e outras que vamos lançar, um pacote muito grande. Eu não tenho dúvida que o que ganha eleição é trabalho”, salientou.


Durante a entrevista, o prefeito Bocalom defendeu um consenso dentro do campo da direita. “O ideal é que a gente tenha um consenso para uma candidatura, mas isso vai depender muito do meu partido, vamos deixar o tempo passar. Esse ano eu quero realizar minhas obras, fazer festa bonita como essa aqui e direcionar para aquilo que mais me interessa, que é a produção, gerar emprego, gerar renda, pra gente sair dessa questão da bolsa família. Ano que vem a gente discute isso [eleição]”, ressaltou.


O prefeito Bocalom também falou sobre os investimentos para diminuir o déficit habitacional na capital. “Nós temos já contratados com a Caixa quase 500 casas e apartamentos, e mais de 500 em processo de contratação. Se Deus quiser, vamos colocar em pé um bocado daquelas casas. Na soma geral, até o final de 2026 ou no máximo 2027, vamos ultrapassar 1.800 unidades habitacionais. Para a Prefeitura de Rio Branco é muita coisa, coisa que nunca foi feita”, reforçou.


O prefeito concluiu afirmando que a disputa dentro da direita é natural. “Ninguém é responsável por esse cenário. É a coisa natural da política em qualquer lugar do Brasil: disputa pelo poder. Isso só se define nos 45 minutos do segundo tempo”, finalizou.


 


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