Durante o terceiro dia do Exporta Mais Amazônia, realizado em Rio Branco, o presidente da Miragina, José Luiz Felício, ressaltou nesta quarta-feira, 01, a receptividade dos produtos da empresa por parte de compradores internacionais. Segundo ele, a indústria acreana levou à rodada de negócios itens exclusivos, derivados da castanha-do-brasil, e o resultado foi considerado positivo.
“A gente mostrou produtos que são exclusivos da Miragina, como a castanha prateada, o óleo de castanha e os biscoitos feitos a partir da castanha. Então, a gente procurou trazer para cá produtos feitos só da matéria-prima acreana, que é a castanha-do-Brasil. E, com certeza, foi muito bem aceito por todos com quem nós conversamos. Foi bem aceito pelas pessoas. Olha, não se falou em quantidade aqui, por enquanto. Eles vão fazer testes, vão fazer análise. Agora mesmo, eu conversei com um da África do Sul, ele ficou impressionado com a farinha de castanha, porque ele é produtor de biscoitos, de cookies também lá. Aí ele vai levar uma amostra, vai fazer os cookies, mas, com certeza, vai dar negócio, porque ele ficou muito impressionado com o sabor e o potencial que tem a farinha de castanha. Tudo é feito aqui. Tudo que a Miragina faz é dentro do Acre. É uma forma de a gente estar participando do crescimento do Estado e contribuindo para isso. Sem dúvida nenhuma, é uma iniciativa muito boa da Apex para tentar mostrar ao mundo o que o Acre produz”, pontuou.

Foto: Whidy Melo/ac24horas
Felício destacou ainda que o Acre, apesar de ser um dos maiores produtores de castanha-do-brasil, não aparece hoje entre os exportadores do produto, o que reforça a importância de iniciativas como a da ApexBrasil para aproximar o setor produtivo local dos mercados globais. “E a gente, pela nossa posição geográfica, a gente fica meio que afastado das oportunidades. E essa aqui, sem dúvida, é uma oportunidade de estar junto com importadores, compradores internacionais que vêm buscar um produto diretamente da gente. E não como é feito atualmente, o cara compra em São Paulo um produto que é feito no Acre. O Acre hoje, para você ter ideia, não aparece como exportador de castanha. E nós somos um dos maiores produtores do Brasil de castanha. Então, é isso. Sem dúvida, a Apex está de parabéns com essa iniciativa. O porto de Chancay vai facilitar para os países que estão à frente do Brasil por ali. Aliás, pela frente do Peru, por ali. Principalmente nos países asiáticos. No caso agora, como eu comecei com o comprador da África do Sul. Então, para a África do Sul seria o porto de Santos, pela proximidade. Então, tudo vai de acordo com a rota menor que vai ter feito pelos produtos. Chancay para a Ásia, que é um comprador de potencial muito grande. E a partir da África seria o porto de Santos”, finalizou.
A Miragina é uma das 44 empresas do Acre que participam da rodada de negócios, a maior já organizada pela Apex na Região Norte, reunindo 76 vendedores e 25 compradores de 18 países interessados em produtos amazônicos como café, açaí, castanha, óleos vegetais e frutas processadas.