O Ministério Público da Itália deu parecer favorável à extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), segundo informou nesta quarta-feira (22) a Advocacia-Geral da União (AGU).
A decisão ainda precisa ser analisada pela Justiça italiana, responsável por autorizar o envio da parlamentar ao Brasil.
Zambelli está presa cautelarmente desde 29 de julho, na penitenciária feminina de Rebibbia, em Roma. A prisão foi decretada pela Justiça italiana após a inclusão da deputada na difusão vermelha da Interpol, medida que é aplicada para pessoas procuradas internacionalmente e indica risco de fuga.
Condenação e fuga
A deputada foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão pelos crimes de invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos, ocorridos em 2023.
Antes que a sentença se tornasse definitiva, Zambelli deixou o país e viajou para a Itália, o que levou à sua inclusão na lista de procurados internacionais.
Em julho, ela foi localizada e presa nos arredores de Roma, onde permanece detida enquanto tramita o processo de extradição.
Tramitação do processo
O parecer favorável do Ministério Público italiano é um dos passos decisivos para a extradição. Após a manifestação, o caso segue para análise da Justiça da Itália, que determinará se a parlamentar será entregue às autoridades brasileiras.
A AGU atua em cooperação com o Itamaraty e com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para acompanhar o processo junto às autoridades italianas, com base no tratado bilateral de extradição entre Brasil e Itália.