Guerra no Rio: Polícia oferece R$ 100 mil pela captura de Doca, chefe do CV na Penha

Divulgação

O Disque Denúncia divulgou, nesta terça-feira, um cartaz oferecendo recompensa de R$ 100 mil pela captura de Edgard Alves Andrade, conhecido como Doca, de 55 anos. O traficante é apontado pela Polícia Civil como um dos integrantes da cúpula do Comando Vermelho (CV). A oferta é feita em meio a uma megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, onde Doca é alvo.


O valor oferecido pelo traficante se iguala a recompensa oferecida em troca do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que, mesmo preso há 20 anos, segue sendo o atual chefe do CV.


Na manhã desta terça-feira, uma operação das polícias civil e militar mobilizou 2,5 mil homens com objetivo cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho, 30 deles de outros estados.


Quem é Doca

Edgar Alves Andrade, o Doca, é apontado pela Polícia Civil como um dos integrantes da cúpula do Comando Vermelho (CV), com atuação no Complexo Penha, na Zona Norte do Rio. Ele é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores. Em outubro de 2023, Doca foi apontado como o mandante da execução de três médicos e da tentativa de homicídio de uma quarta vítima na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. As vítimas participavam de um congresso de medicina e foram confundidas com milicianos de Rio das Pedras.


Antes de ser encontrada morta em Cascadura, na Zona Norte do Rio, a traficante oriunda de Santa Catarina, conhecida como Diaba Loira, publicou um vídeo nas redes sociais mandando recado para Oruam e o traficante Doca, um dos chefes do Comando Vermelho (CV). No vídeo, Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, que trocou de facção pela rival (do CV para o Terceiro Comando puro (TCP) dispara que os dois estariam tentando comprar um integrante do TCP identificado apenas como “Cocão”.


A Polícia Civil acredita que Doca tenha ordenado ações de traficantes na Gardênia e em Rio das Pedras. Atualmente, ele é um dos principais nomes da facção. O traficante ficou conhecido também por ter como homem de confiança o BMW, que pode estar à frente da nova guerra entre traficantes e milicianos nessas duas comunidades e, segundo investigações. BMW é procurado pela polícia desde que três médicos foram executados em um quiosque na Barra da Tijuca, em outubro do ano passado.


Doca, por vezes também chamado de Urso, já foi um dos alvos da operação Buzz Bomb, deflagrada em setembro do ano passado, pela Polícia Federal para reprimir o uso de drones lançadores de granadas, operados por pessoas ligadas ao CV. Contra ele há mais de 20 mandados de prisão expedidos em seu nome pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), segundo dados do site do Conselho Nacional de Justiça.


Na época da Buzz Bomb, Doca teve prisão preventiva decretada pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do TJRJ. Ele foi denunciado pelos crimes de organização criminosa e posse de material explosivo, cujas penas somadas podem chegar até 14 anos de prisão, em caso de condenação.


Evadido do sistema prisional, ele é investigado por mais de 100 homicídios, incluindo execuções de crianças e desaparecimentos de moradores em comunidades sob domínio da facção.


De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), há mais de 20 mandados de prisão expedidos em nome de Doca pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).


O Disque Denúncia solicita que quem tiver informações sobre o paradeiro de foragidos da Justiça ou pontos de tráfico entre em contato pelos canais de atendimento:


Central de Atendimento / Call Center: (021) 2253-1177 ou 0300-253-1177


WhatsApp Anonimizado: (021) 2253-1177 — tecnologia que remove dados que possam identificar o denunciante


Aplicativo: Disque Denúncia RJ


O anonimato é garantido.


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