Família processa Tesla após jovem morrer presa em Cybertruck em chamas nos EUA

Cybertruck da Tesla em exibição em Detroit, EUA (REUTERS/Rebecca Cook/Arquivo)

A família de Krysta Tsukahara, estudante de 19 anos, entrou com uma ação judicial contra a Tesla, alegando que o design das portas do modelo Cybertruck dificultou sua fuga durante um acidente fatal na Califórnia. As informações são do jornal The New York Times.


Segundo o processo, a jovem ficou presa no veículo em chamas após uma colisão, não conseguindo escapar devido à complexidade do mecanismo manual de abertura das portas.


O acidente ocorreu em Piedmont, região próxima a São Francisco, quando o motorista do Cybertruck, Soren Dixon, perdeu o controle do veículo e colidiu contra uma árvore em alta velocidade.


Dixon, de 19 anos, e outro passageiro, Jack Nelson, de 20, também morreram no acidente. Krysta sofreu ferimentos leves na colisão, mas faleceu devido a queimaduras e inalação de fumaça, conforme o processo.


A ação judicial aponta que o Cybertruck não possui um sistema manual de liberação das portas que seja funcional, acessível e visível, o que teria impedido a jovem de escapar do fogo. Um amigo que seguia em outro carro conseguiu salvar um quarto passageiro ao quebrar a janela do veículo com um galho.


A família afirma que a Tesla tinha conhecimento dos riscos associados ao sistema eletrônico das portas, mas não tomou medidas para corrigir o problema.


O caso ocorre em meio a uma investigação da Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário dos EUA (NHTSA) sobre falhas nas portas eletrônicas de modelos Tesla, que já resultaram em relatos de crianças presas e necessidade de quebra de vidros para resgate.


Outras montadoras, como Ford, Toyota e Jeep, adotaram sistemas que permitem a abertura manual das portas em emergências, diferentemente do que ocorre no Cybertruck.


A Tesla ainda não se manifestou sobre o processo. A empresa pode argumentar que o acidente foi causado pelo motorista, que estava sob efeito de álcool e drogas, e que os danos ao veículo podem ter impedido a abertura das portas.


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