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Ex-diretor da Americanas fecha acordo de delação premiada com o MPF, diz jornal

Lojas Americanas em Brasília (Reuters)

Márcio Cruz Meirelles, ex-diretor estatutário da Americanas (AMER3), firmou nesta terça-feira (7), acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) dentro da investigação sobre o escândalo contábil ocorrido na companhia. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.


Meirelles é o quarto ex-executivo da varejista a fechar colaboração, após Marcelo Nunes, Flávia Carneiro e Fabio Abrate. Segundo a Folha, as informações trazidas por Meirelles são complementares às já obtidas, detalhando a cultura interna de pressão por resultados e o início das manobras contábeis fraudulentas.


O conteúdo da delação será incorporado à denúncia apresentada pelo MPF em março, que já inclui 13 ex-funcionários e executivos acusados de fraudes que somam pelo menos R$ 22,8 bilhões. Entre os denunciados estão nomes como Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, e Anna Saicali, ex-CEO da B2W, além de vice-presidentes e diretores da companhia.


Relembre o caso

Em 11 de janeiro de 2023, a Americanas comunicou inconsistências contábeis no valor até então de R$ 20 bilhões. No mesmo dia, os recém chegados CEO Sergio Rial e o CFO André Covre renunciaram aos cargos.


Já no dia seguinte ao comunicado, as ações caíram 77%, passando de R$ 12 para R$ 2,72 e perdendo R$ 8,34 bilhões de valor de mercado, já com a percepção de que a companhia enfrentaria muitas dificuldades por conta do rombo.


No dia 19 de janeiro, a varejista oficializou o seu pedido de recuperação judicial, sendo excluída de 14 índices da B3.


A Americanas iniciou uma arbitragem contra os quatro ex-executivos no início deste ano. Em outubro passado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) acusou os quatro, juntamente com outros ex-gestores da empresa, de uso de informação privilegiada.


Em março, o MPF denunciou treze ex-executivos e ex-funcionários da Americanas por envolvimento em fraudes que somam cerca de R$ 25 bilhões. Os promotores apontam Miguel Gutierrez, ex-CEO, como o principal responsável pelas fraudes.


O MPF afirma que, enquanto liderava as Lojas Americanas, Gutierrez estava ciente de todas as fraudes, inclusive sugerindo alterações nos balanços financeiros que seriam divulgados.


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