O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve chamar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), nos próximos dias, para tratar do nome que sucederá a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal).
No encontro, segundo apurou a CNN Brasil, Alcolumbre deve defender o nome de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado, de quem é aliado. Além disso, o atual chefe da Casa Alta do Congresso deve relatar a Lula que o nome do atual favorito do governo para o STF, o advogado-geral da União, Jorge Messias, poderá enfrentar dificuldades na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.
Senadores próximos a Alcolumbre avaliam que a situação de Messias é difícil e que o AGU não terá vida fácil caso seja indicado por Lula. A avaliação que deverá chegar a Lula é de que o nome de Pacheco passaria com folga de, pelo menos, 60 dos 41 votos em plenário.
Ao mencionar uma eventual dificuldade para que o nome de Messias seja aprovado, senadores recordam a votação apertada do ministro Flávio Dino, que recebeu 47 votos favoráveis.
Há ainda um clima de desconfiança sobre se haverá disposição de Messias em atender senadores, caso se torne ministro da Suprema Corte.
Sob reserva, líderes da base que atuaram por Dino reclamam de nunca terem sido atendidos pelo ministro após a chegada dele ao Supremo.
Ao defender o ex-presidente Rodrigo Pacheco, senadores dizem que o mineiro teve papel fundamental no governo de Jair Bolsonaro (PL) ao atuar em defesa da democracia. Outro argumento é de que Pacheco já tem boa relação com ministros que o apoiam no STF.