Dólar hoje recua a R$ 5,46 com ajustes após Trump aliviar discurso sobre China

Após disparar mais de 2% na sessão anterior, o dólar passou por ajustes no Brasil nesta segunda-feira e encerrou o dia abaixo dos R$ 5,50, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliviou o discurso em relação à China.


Trump afirmou no domingo (12) que as tensões com a China “ficarão bem”, em uma tentativa de amenizar o tom após a escalada comercial dos últimos dias. A mensagem foi publicada na rede Truth Social, em menos de dois dias depois de o governo anunciar tarifas adicionais de 100% sobre importações chinesas a partir de 1º de novembro.


Qual a cotação do dólar hoje?

A moeda norte-americana à vista fechou com baixa de 0,79%, aos R$5,4603. No ano, a divisa acumula queda de 11,63%.


Às 17h03 na B3 o dólar para novembro — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 1,28%, aos R$5,4880.


Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,460
  • Venda: R$ 5,460

Dólar Turismo

  • Compra: R$ 5,525
  • Venda: R$ 5,705

O que aconteceu com dólar?

Na sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 100% sobre os produtos comprados da China e a imposição de controles de exportação sobre softwares críticos ao país asiático, em mais um episódio da guerra comercial entre as duas nações.


Um dia antes, a China já havia elevado o controle sobre a exportação de terras raras – materiais essenciais para vários setores da indústria norte-americana.


No fim de semana, porém, Trump propôs um tom mais conciliador, dizendo que os EUA não querem prejudicar a China, o que abriu espaço para a busca de ativos de maior risco nesta manhã, como ações e moedas de países emergentes, incluindo o real, o rand sul-africano, o peso mexicano e o peso chileno.


Nesta segunda-feira, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, corroborou o Tom mais conciliador de Trump, ao afirmar que houve comunicações substanciais entre norte-americanos e chineses no fim de semana.


“Houve uma redução significativa da situação”, disse Bessent em entrevista à Fox Business Network. “O presidente Trump disse que as tarifas não entrarão em vigor até 1º de novembro. Ele se reunirá com o presidente do Partido, Xi, na Coreia. Acredito que essa reunião ainda será realizada”, acrescentou.


Sem uma referência dos Tesouros nesta segunda-feira, em função do feriado do Dia de Colombo nos EUA, a liquidez global era menor. Às 9h48 índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes — subia 0,22%, a 99,270, afetado pela baixa do euro.


Na sexta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 2,39% no Brasil, a R$ 5,5038.


No Brasil, segundo Ricardo Trevisan Gallo, CEO da Gravus Capital, a boa notícia vem da inflação, que o Boletim Focus já indica em queda pela terceira semana consecutiva. “Por outro lado, a cena política em Brasília segue como o principal ponto de atenção. A votação da LDO, marcada para quinta-feira, é crucial e pode gerar volatilidade, especialmente diante da queda de braço entre governo e Congresso”, explica. “Qualquer sinal de aumento do risco fiscal tende a pressionar os ativos.”


Às 10h30 desta segunda-feira o Banco Central realizará dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) simultâneos, para rolagem do vencimento de 4 de novembro. Às 11h30 o BC fez leilão de 40 mil contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 3 de novembro.


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