Dólar hoje fecha em alta com piora do risco fiscal e paralisação parcial nos Estados Unidos

Foto : Pixabay

O dólar à vista fechou com alta perante o real nesta quinta-feira (2), acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior após a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos.


Uma piora na avaliação do risco fiscal do Brasil — que impactou diretamente o mercado de DIs (Depósitos Interfinanceiros) — também deu impulso ao dólar ante o real durante a sessão.


Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,23%, aos R$ 5,3400. No ano, a divisa acumula queda de 13,58%.


Às 17h03 na B3 o dólar para novembro — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,20%, aos R$ 5,3790.


Dólar comercial

  • Compra: R$ 5,339
  • Venda: R$ 5,339

Dólar Turismo

  • Venda: R$ 5,368
  • Compra: R$ 5,548

O que aconteceu com dólar hoje?

A moeda norte-americana chegou a ceder ante o real no início do dia, após a aprovação pela Câmara, na véspera, da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, com desconto para quem recebe até R$ 7.350.


Ainda que a estimativa seja de que a mudança gere uma perda de arrecadação de R$ 25,8 bilhões, o texto prevê a compensação com aumento da taxação de quem ganha acima de R$ 50 mil por mês. A proposta vai agora ao Senado.


Enquanto a moeda norte-americana também cedia no exterior, o dólar à vista marcou a cotação mínima intradia de R$ 5,3080 às 9h13, logo após a abertura.


Mas a divulgação de um novo dado de emprego nos EUA deu força à moeda norte-americana no Brasil e no exterior. Um indicador calculado pelo Federal Reserve de Chicago mostrou no meio da manhã que a taxa de desemprego nos EUA provavelmente foi de 4,3% em setembro, igual ao verificado em agosto.


Como a divulgação do relatório payroll, prevista para sexta-feira, pode não ocorrer em razão da paralisação do governo dos EUA, os investidores se apegaram ao dado do Fed de Chicago.


O impulso para o dólar se intensificou no Brasil no fim da manhã, em meio a uma piora da percepção sobre a situação fiscal brasileira. Circularam pelas mesas de operadores rumores de que o governo Lula estaria estudando a possibilidade de um programa federal para implementar tarifa zero em transporte coletivo de passageiros em todo o Brasil.


O receio de que iniciativas como essa possam se multiplicar com a proximidade do ano eleitoral, gerando mais gastos para o governo, deu força às taxas dos DIs e ao dólar, pesando sobre o Ibovespa.


Às 12h30, na máxima do dia, o dólar à vista foi cotado em R$ 5,3739 (+0,86%). Perto deste horário as taxas dos DIs também marcaram os picos do dia.


Passado estresse, o dólar perdeu força ante o real, mas ainda assim se manteve em alta até o fechamento, em sintonia com o avanço no exterior.


Às 17h06, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,11%, a 97,832.


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