Dois chefes de facção são presos com armas em Cruzeiro do Sul

A Polícia Civil do Acre deflagrou na manhã desta sexta-feira, 17, a Operação Sinédrio, em Cruzeiro do Sul e prendeu dois homens investigados por homicídio qualificado e participação em organização criminosa. Os alvos da operação, segundo a Polícia Civil, são importantes líderes de facção criminosa, ocupantes do chamado “conselho rotativo”, núcleo responsável por julgar, deliberar e autorizar execuções e punições dentro da estrutura da organização.


Segundo as investigações, os indivíduos exerciam papel central na tomada de decisões da facção, sendo responsáveis por determinar homicídios e disciplinar membros que descumpriam ordens internas. Os policiais civis apreenderam duas armas de fogo em poder dos investigados — um revólver calibre .38 e uma pistola calibre 9mm, ambas municiadas —, configurando também o flagrante delito por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.


A Operação Sinédrio é fruto das investigações conduzidas pelo NEIC no âmbito do inquérito policial que apura o homicídio de João Vitor da Silva Borges, ocorrido em março de 2025, crime de grande repercussão em Cruzeiro do Sul pela extrema violência e pela articulação direta de lideranças do Comando Vermelho.



Segundo o delegado Heverton Carvalho, responsável pela investigação, as prisões representam um duro golpe contra a cúpula da organização criminosa e reforçam a efetividade das ações da Polícia Civil no combate ao crime organizado.


“A Operação Sinédrio simboliza a derrubada de um núcleo de poder dentro da facção. Os presos integravam o conselho responsável por autorizar execuções, inclusive o homicídio de João Vitor, caso que teve grande repercussão na região. A Polícia Civil continuará atuando de forma firme e estratégica para neutralizar as lideranças e enfraquecer a estrutura criminosa no Juruá”, destacou o delegado.


Os investigados foram conduzidos à Delegacia de Cruzeiro do Sul, onde passaram pelos procedimentos de praxe e permanecem à disposição da Justiça.


Outras 14 pessoas já haviam sido presas pela morte de João Vitor, cujo corpo foi encontrado com as mãos amarradas e facadas nas costas. Ele foi julgado pelo “tribunal do crime” por ter impedido um assalto em Cruzeiro do Sul.



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