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Descobertas científicas, artesanato e turismo de base comunitária são atrativos na APA Lago do Amapá

Foto: Bruno Moraes/Sete

Passeios, trilhas, saberes tradicionais e artes com produtos da floresta: esta é a Área de Proteção Ambiental (APA) Lago do Amapá, localizada em Rio Branco, capital acreana. Com alta demanda turística na região, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete) e de Meio Ambiente (Sema), iniciou estudos técnicos e diagnósticos para fortalecer as atividades realizadas na região.


APA do Lago do Amapá apresenta potencial turístico. Foto: Bruno Moraes/Sete

As equipes realizaram as visitas nos dias 19 de setembro e 7 de outubro para melhor avaliação de cada espaço oferecido aos visitantes dentro da APA Lago do Amapá. Para Francismay Costa, turismólogo e técnico administrativo da Sete, o diagnóstico visa melhorar a infraestrutura da trilha e inserir sinalizações turísticas.


Francismay afirma que diagnóstico visa melhorar a infraestrutura da trilha. Foto: Bruno Moraes/Sete

“Estamos dando sequência ao diagnóstico na APA Lago do Amapá, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e a comunidade. O papel da Secretaria de Turismo é de fazer um diagnóstico, melhorando a infraestrutura da trilha e trazendo uma sinalização turística do local, uma das coisas primordiais em uma trilha”, conta.


Rogério Modesto, coordenador da APA Lago do Amapá, destacou: “A ideia do trabalho sempre foi manter uma floresta com  agricultura familiar. A agricultura deveria manter os recursos para que os investimentos fossem feitos nas culturas do açaí, do cupuaçu, do cacau e café, para fazer um café especial em agrofloresta, e mantendo a agrofloresta com algumas outras atividades, como a de turismo. Nossa expectativa é conseguir gerar uma renda para que a gente consiga tocar vários projetos e chegar em um momento em que a atividade se sustente sozinha, gerando recursos para a comunidade”.


Rogério destaca que tem expectativa de geração de renda na APA para realização de projetos. Foto: Bruno Moraes/Sete

Além das belezas naturais e das possibilidades de ecoturismo dentro da APA do Lago do Amapá, a região também é diversificada em fauna e flora. De acordo com o gestor da APA Lago do Amapá, Samyr Vieira de Farias, foi descoberta uma espécie de maracujá, chamada passiflora acreana.


“Nós temos aqui um exemplar da espécie passiflora acreana, uma espécie de maracujá nativo que ocorre apenas na APA Lago do Amapá. Foi descoberto por um professor da Ufac [Universidade Federal do Acre] e ela é uma espécie nova para a ciência. Não havia registro dela até então”, explica.


Passiflora acreana foi descoberta na APA do Lago do Amapá. Foto: Bruno Moraes/Sete

Tássio Fúria, guia de turismo, ressalta as possibilidades de segmentos turísticos dentro da APA do Lago do Amapá. “É uma área que compreende uma boa parte do Segundo Distrito de Rio Branco. Algumas atividades turísticas são realizadas aqui. Eu trabalho com trilhas de ecoturismo, mas tem as atividades de caiaque, observação de aves, e também já fiz camping aqui com pernoite. Então, tem um potencial imenso de fauna e de flora. A perspectiva é otimista de que cresça bastante e, principalmente, a sociedade acreana entenda e abrace isso”, destaca.


Tassio desenvolve atividades turísticas na região. Foto: Bruno Moraes/Sete

Artesanato com cascas e sementes da floresta

Além do potencial turístico, os visitantes podem conhecer também um pouco do artesanato acreano, com as artes feitas por Antônio Barbosa, artesão há 20 anos e morador da região.


Antonio trabalha com artesanato há 20 anos. Foto: Bruno Moraes/Sete

“Há mais de vinte anos eu faço essas coisas. Só uma dessas casinhas tem 15 anos. Tudo eu saio colhendo dentro dessa mata, como semente, cascas e muitas coisas. Essa semana teve uma família que veio do Rio Grande do Norte, admirou muito e levou um bocado de coisa”, conta.


Peças são vendidas na APA do Lago do Amapá. Foto: Bruno Moraes/Sete
A APA Lago do Amapá é um lugar de conservação de biodiversidade e resgate de cultura, gastronomia e história, elevando o potencial turístico e a possibilidade de geração de renda para os moradores com o desenvolvimento do turismo de base comunitária na região.
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