O caso do homicídio que vitimou o venezuelano Júlio Rafael Ramos Navas, de 21 anos, ganhou um novo e misterioso desdobramento nesta terça-feira (21), após o desaparecimento do corpo da vítima na zona rural do município de Assis Brasil, no interior do Acre.
De acordo com informações preliminares, o crime teria ocorrido em uma comunidade indígena dentro do Seringal Icuriã, a cerca de 75 quilômetros da cidade, em uma área próxima à aldeia Betel, situada nas terras indígenas do Mamoadate. A suspeita inicial é de que o homicídio tenha sido resultado de um acerto de contas entre facções criminosas rivais, envolvendo inclusive indígenas que teriam sido cooptados pelo crime organizado.
Após imagens do corpo de Júlio Rafael circularem nas redes sociais, uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) foi acionada e se deslocou de Brasiléia, município que fica a cerca de 115 km de Assis Brasil. No entanto, ao chegarem ao local indicado, os peritos encontraram apenas manchas de sangue — o corpo havia desaparecido.
Moradores da região informaram que o homicídio pode ter ocorrido em uma comunidade ainda mais distante, com acesso apenas por barco, já próxima à divisa com o município de Sena Madureira, e que o corpo possivelmente teria sido levado de volta por pessoas da localidade.
O delegado Erick Maciel, responsável pela regional do Alto Acre, confirmou que equipes continuam as buscas para tentar localizar o corpo. O caso já foi comunicado à Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que avalia a liberação de um helicóptero para auxiliar nas diligências aéreas e agilizar o resgate.
As investigações seguem em andamento, e novas informações poderão ser divulgadas pelas autoridades a qualquer momento.