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Brasileiros capturados por Israel poderão assinar acordo por deportação; 8 se recusam

A ativista sueca Greta Thunberg e o ativista brasileiro Thiago Ávila estão sentados em uma embarcação a caminho de Israel, após Israel interceptar algumas das embarcações da flotilha Global Sumud, que tinha como objetivo chegar a Gaza e romper o bloqueio naval israelense, nesta imagem divulgada em 2 de outubro de 2025. MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DE ISRAEL / Imagem cedida via REUTERS

Integrantes da equipe da Embaixada do Brasil em Tel Aviv visitaram, nesta sexta-feira (3), os brasileiros da flotilha humanitária Global Sumud detidos por Israel.


O grupo fazia parte dos 40 barcos que navegavam até a Faixa de Gaza para levar mantimentos ao povo palestino, quando foi interceptado pelas forças israelenses na quarta-feira (1º).


Fontes do Itamaraty informaram ao Estadão que os brasileiros estão em bom estado de saúde e que, segundo os próprios detidos, o governo israelense ofereceu a possibilidade de assinarem um documento para serem deportados ao Brasil. Até o momento, apenas cinco dos 13 brasileiros detidos manifestaram interesse em firmar o acordo.


Os integrantes da flotilha que recusarem o acordo estarão sujeitos a processo judicial movido por Israel, que também poderá deportá-los, embora não haja previsão para a duração desse trâmite.


A visita, que durou mais de oito horas, ocorreu no Centro Prisional de Ktzi’ot, a maior prisão do território israelense, localizada a cerca de 100 quilômetros ao norte de Jerusalém. Os brasileiros estão divididos em dois grupos, separados por gênero. Entre os detidos está a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE).


O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou ter sido informado da detenção da deputada e que solicitou todo o apoio do Itamaraty para garantir que as prerrogativas da parlamentar e os direitos dos demais brasileiros sejam respeitados pelas autoridades israelenses.


Em nota publicada na quinta-feira (2), o Itamaraty condenou a ação militar israelense, afirmando que a detenção “viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica”.


A flotilha Global Sumud (palavra que significa “resiliência” em árabe) é um movimento humanitário que tenta romper o bloqueio à Faixa de Gaza com mantimentos. A frota saiu de Barcelona, na Espanha, em 31 de agosto, com 45 embarcações e mais de 500 pessoas. Entre os ativistas estavam a sueca Greta Thunberg, o brasileiro Thiago Ávila, o ator irlandês Liam Cunningham e uma delegação brasileira com 17 integrantes.


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