Após ter o mandato cassado pela Câmara Municipal de Cotia (SP), Alexandre Frota divulgou um vídeo nas redes sociais para se pronunciar sobre o episódio. No discurso, o ex-vereador começou agradecendo aos eleitores que o colocaram no cargo. “Eu me dediquei muito, trabalhei imensamente pela melhoria da cidade, pelas famílias que atendi, pelas crianças, pelos idosos e pelas mulheres. Eu realmente trabalhei e trabalhei muito”, afirmou ele, emocionado. Frota destacou que o resultado foi um duro golpe, mas que mantém a consciência tranquila sobre o trabalho que realizou no município.
Durante o pronunciamento, o ex-parlamentar comentou o cenário político e classificou sua cassação como parte de uma disputa interna. “Fiquei triste porque eu vinha realizando um trabalho excepcional, bacana, de muita entrega e de muito amor a essa cidade”, declarou. Segundo ele, a decisão da Câmara foi motivada por divergências políticas e não por falta de compromisso com a população. Frota ainda lamentou o impacto da situação em sua família e agradeceu o apoio que tem recebido de amigos e moradores de Cotia.
Promessa de retorno à vida pública
Mesmo afastado oficialmente do cargo, Alexandre Frota garantiu que não pretende abandonar a vida pública. “Saio de cabeça erguida. Triste, claro! Tô com a minha família aqui, minha família triste porque ninguém queria e imaginava que isso pudesse acontecer, mas aconteceu, e não é de hoje que tentavam me calar”, desabafou. O ex-vereador concluiu dizendo que continuará a ajudar a população local em projetos sociais e de apoio comunitário: “As lições são para ser vividas, e eu já passei por várias nessa vida, e no final eu sempre encontro uma saída.”
Entenda a decisão da Justiça
A cassação do mandato de Frota, filiado ao PDT, ocorreu após a condenação definitiva por calúnia e difamação contra o ex-deputado Jean Wyllys (PT). A sentença, emitida pela 2ª Vara Federal de Osasco em 2018, determinou pena de dois anos e 26 dias de detenção em regime aberto, além de multa, podendo ser convertida em serviços comunitários. O caso teve origem em uma publicação feita em 2017, na qual Frota atribuiu falsamente a Wyllys uma frase que defendia a pedofilia — o que o ex-deputado negou com veemência. Em nota, Frota classificou o dia da decisão como “muito triste” e afirmou que pretende recorrer.