O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), tem sido alvo de uma “pressão positiva” dentro de sua própria administração para disputar o Governo do Acre nas eleições de 2026. A informação foi confirmada nesta terça-feira (21) pelo secretário municipal de Infraestrutura, Cid Ferreira, amigo pessoal e aliado político do prefeito há décadas, em entrevista exclusiva ao ac24horas.
Segundo Ferreira, embora outros nomes da direita acreana estejam sendo cogitados, o consenso entre os secretários da gestão é de que Bocalom se destaca pela experiência administrativa, legado político e resultados concretos. “Ele é o mais indicado. Os secretários têm incentivado, sim, e a opinião geral é que ele deveria disputar. As ruas estão pedindo isso, pelo excelente trabalho que ele vem realizando. Não tenho dúvida que ele vai fazer de Jordão a Thaumaturgo, de Mâncio Lima a Assis Brasil, o que fez em Rio Branco”, afirmou.

Foto: David Medeiros
De acordo com o secretário, o eventual projeto de candidatura já começou a movimentar bastidores, inclusive com opiniões sobre o alinhamento da comunicação. O foco seria apresentar ao eleitorado a proposta de levar para o interior do estado o modelo de obras e infraestrutura aplicado na capital. “Temos exemplos marcantes da gestão Bocalom, como a Ponte do Judia e os elevados da Dias Martins e da AABB. São intervenções que modernizaram a cidade. O mesmo pode ser feito no interior. Ele tem essa visão de desenvolvimento regional”, destacou Ferreira.
A possível entrada de Bocalom na corrida eleitoral ocorre em meio a uma fase de indefinições no campo político da direita no Acre, onde o senador Alan Rick e a vice-governadora Mailza Assis seriam eventuais adversários, mesmo que os três sejam ideologicamente aliados. Bocalom já foi aliado de ambos. Para o grupo de trabalho de Bocalom, o estilo pragmático e o perfil de gestor próximo da população seriam diferenciais.
“Ele já mostrou competência em Acrelândia, com três mandatos, e agora em Rio Branco. Dentre as opções colocadas, é quem tem o currículo mais sólido e um legado que fala por si”, defendeu o secretário.