Vídeo mostra sargento da PM agredindo esposa antes de feminicídio em Maricá

Policial foi flagrado agredidno e apontando arma contra mulher • Reprodução

Um vídeo gravado no ano passado por câmeras de segurança da casa da família mostra o sargento da Polícia Militar Renato Cesar Guimarães Pina, de 42 anos, em ações violentas contra sua companheira, Shayene Araújo Alves dos Santos, de 27 anos.


Nas imagens, entregues por familiares à Polícia Civil, o policial aparece agredindo a esposa e apontando uma arma para ela. O material faz parte das investigações conduzidas pela DHNSG (Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí).


Renato Pina foi preso nesta terça-feira (16) em Niterói, suspeito de matar Shayene em Maricá, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Militar (SEPM), Shayene deu entrada no Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara após ser atingida por disparo de arma de fogo na nuca. Ela foi socorrida pelo próprio companheiro, mas não resistiu ao ferimento.


Shayene mantinha relacionamento com o policial havia cerca de três anos. O casal tinha um bebê de 7 meses, e também vivia com eles o filho de 9 anos da vítima, de um relacionamento anterior.


Equipes do 12º BPM (Niterói) conduziram o policial e apreenderam a arma usada, levando ambos para a 82ª DP (Maricá). A DHNSG e a 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), unidade ligada à Corregedoria da PM, foram acionadas. Após perícia, Renato Pina foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio e transferido para a Unidade Prisional da Polícia Militar do Rio de Janeiro.


Segundo o delegado Willians Batista de Souza, titular da DHNSG, o caso foi inicialmente registrado como um suposto acidente. “Essa ocorrência foi apresentada na Delegacia de Maricá como acidente, mas imediatamente iniciamos o trabalho de inteligência e perícia. A análise no local do crime, no corpo da vítima, os depoimentos de testemunhas e agora as imagens das câmeras de segurança mostraram que essa versão inicial não poderia ter acontecido da forma que ele relatou”, disse.


Ainda de acordo com o delegado, investigações apontam que o policial tinha um histórico de agressões e ameaças. “Ele possuía um relacionamento conturbado, tinha por hábito agredir a vítima, ameaçá-la com arma de fogo e inclusive efetuar disparos próximos a ela em outras oportunidades. Esse histórico culminou nesse crime de feminicídio”, afirmou.


Em nota, o comando da Polícia Militar informou que, assim que a Corregedoria Geral estiver de posse do auto de prisão em flagrante expedido pela Polícia Civil, será aberto um Inquérito Policial Militar, que poderá resultar na exclusão do policial dos quadros da corporação.


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