O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, elevou o tom ao comentar a possibilidade de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disputar a Presidência por outro partido em 2026.
Para ele, o movimento representaria um rompimento com Jair Bolsonaro e teria impacto devastador. “Não acredito que ele brigue com o pai. Vai ajudar a matar o pai de vez?”, disse Valdemar em entrevista à Folha de S. Paulo.
A fala reflete a preocupação da cúpula do PL em conter a tensão dentro da família Bolsonaro e preservar a unidade em torno do ex-presidente, ainda considerado o principal ativo eleitoral da direita.
Valdemar afirmou que Eduardo só tem peso político por conta da trajetória do pai e que deve obedecer à escolha de Jair Bolsonaro sobre seu sucessor.
Tarcísio não é consenso
Apesar de setores do PL e do PP defenderem Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) como nome natural para 2026, Valdemar evita cravar essa posição.
Disse que Bolsonaro é “imprevisível” e que pode surpreender, citando até o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), como alternativa.
“Depois da decisão de lançá-lo ao governo de São Paulo, não duvido que venha com outra surpresa para a Presidência”, afirmou.
Defesa da anistia e da elegibilidade
Na entrevista, Valdemar também reforçou a pauta da anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro e a restauração da elegibilidade de Bolsonaro.
Para ele, a prioridade do PL no Senado será travar as votações até que o tema avance. “Bolsonaro tem que ser candidato. O Lula não foi?”, declarou.