O cofundador da Oracle, Larry Ellison, superou o CEO da Tesla, Elon Musk, e conquistou pela primeira vez o título de homem mais rico do mundo nesta quarta-feira (10).
O executivo de 81 anos se beneficiou do crescimento do negócio de infraestrutura em nuvem da Oracle, especialmente nesta semana, quando a empresa anunciou ter conquistado vários contratos bilionários no último trimestre.
Ellison, que fundou a Oracle na década de 1970 e ainda atua como diretor de tecnologia e presidente executivo, viu sua fortuna disparar nas últimas 24 horas para US$ 393 bilhões, ultrapassando os US$ 385 bilhões de Musk, segundo o Bloomberg Billionaires Index.
O salto ocorreu após as ações da Oracle subirem dois dígitos no fechamento de terça-feira, elevando a fortuna de Ellison em US$ 101 bilhões de um dia para o outro. Nesta quarta-feira, os papéis continuaram em alta, avançando mais de 40% nas negociações da manhã. No acumulado do ano, as ações da Oracle já dobraram de valor. Ellison detém mais de 40% da companhia, e grande parte de sua riqueza está atrelada a ela, de acordo com a Bloomberg.
A Oracle tem se beneficiado de grandes investimentos em infraestrutura para atuar como provedora de serviços em nuvem, com alta demanda por parte de empresas de inteligência artificial desde o lançamento do ChatGPT, em 2022, que desencadeou uma corrida pelo desenvolvimento de modelos de linguagem avançados (LLMs).
No último trimestre, a empresa informou ter fechado contratos que devem gerar US$ 455 bilhões em receita — um salto expressivo em relação ao ano anterior, segundo o Wall Street Journal. A CEO Safra Catz afirmou que, até o fim do ano, mais clientes multibilionários devem assinar com a companhia.
Nos últimos meses, a valorização das ações da Oracle já havia colocado Ellison à frente de Mark Zuckerberg, CEO da Meta e fundador do Facebook, que ocupava a segunda posição atrás de Musk. Antes disso, Musk havia conquistado o título de homem mais rico do mundo pela primeira vez em 2021, sendo posteriormente superado por Jeff Bezos, da Amazon, e Bernard Arnault, da LVMH. Musk recuperou a liderança em 2024 e a manteve por cerca de 300 dias, segundo a Bloomberg.
Enquanto as ações da Oracle disparam, os papéis da Tesla caem. A fabricante de carros elétricos acumula queda de 13% no ano, e sua participação de mercado nos Estados Unidos atingiu o menor nível desde 2017, segundo a Reuters, com dados da consultoria Cox Automotive.
Ainda assim, pode haver esperança para Musk. Na semana passada, o conselho da Tesla propôs um pacote de remuneração que poderia torná-lo o primeiro trilionário do mundo — desde que ele atinja metas ambiciosas, como multiplicar por oito o valor das ações da empresa nos próximos dez anos.