Curitiba – Um confronto envolvendo a Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Civil de São Paulo (PCSP) acabou na morte de Umberto Alberto Gomes, suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, em uma emboscada na Praia Grande, litoral paulista. A operação conjunta aconteceu na manhã desta terça-feira (30), em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
De acordo com a polícia paranaense, Umberto reagiu à abordagem e entrou em confronto com as equipes de segurança.
Relembre a morte do ex-delegado
Ruy Ferraz Fontes foi assassinado no dia 15 de setembro, durante uma emboscada na Praia Grande, litoral paulista.
Fontes foi baleado em uma emboscada, no momento em que saía da sede da Prefeitura de Praia Grande, no início da noite dessa segunda-feira (15). Atualmente, ele era secretário de Administração Pública de Praia Grande e despachou na prefeitura normalmente.
Quinze minutos antes de sair do prédio, conversou por telefone com o procurador de Justiça Márcio Christino. “Fui o último a conversar com ele. Ele não estava fazendo nada ligado à segurança, estava afastado da área”, afirmou o procurador.
Morte de Ruy Ferraz Fontes: como foi a perseguição?
Fontes saiu da prefeitura e foi seguido por criminosos em uma Hilux. Imagens de câmeras de segurança mostram que o ex-delegado estava em alta velocidade, provavelmente fugindo dos bandidos, quando entrou em um cruzamento e foi atingido por um ônibus. O carro capotou e ficou prensado. Três suspeitos descem então da picape com fuzis e atiram no delegado, que reagiu.
Outras pessoas ficaram feridas durante a ação?
Os disparos no atentado que mataram Fontes também atingiram a família de Fátima, moradora da cidade e testemunha do crime no bairro Vila Mirim. Ao Estadão, ela (que teve o nome alterado por motivos de segurança) contou que não apenas presenciou a cena, como também teve a filha e o neto baleados durante o tiroteio.
A filha já recebeu alta porque uma das balas atravessou a perna e a outra ficou alojada, mas foi retirada.
O estado do neto, de 19 anos, é mais grave. Embora esteja fora de risco, ele continua internado. “Foi um tiro de fuzil que quebrou o osso da perna. Ele vai precisar passar por cirurgia”, contou.
Para promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo (Gaeco) ouvidos pelo Estadão, “tudo indica que foi um crime de máfia”.
Outra hipótese investigada pela polícia é a possibilidade de o crime estar ligado a uma licitação na Prefeitura de Praia Grande que teria prejudicado uma entidade ligada aos criminosos. No começo da noite, um carro suspeito de ter sido usado pelos bandidos foi encontrado em chamas.
De acordo com o secretário-adjunto da Segurança Pública do Estado, delegado Oswaldo Nico Gonçalves, Fontes teria conseguido balear um dos criminosos.
Fonte: RIC.COM.BR