Foi apresentado nesta terça-feira (30) o resultado do inquérito policial que investigou o grave acidente registrado em 17 de abril, no km 132 da Via Verde, nas proximidades da Terceira Ponte, em Rio Branco. O caso envolveu uma caminhonete dirigida por Talysson Duarte, que invadiu a pista contrária e atingiu três motocicletas, deixando três mortos e uma pessoa ferida.
Entre as vítimas estavam funcionários da empresa Estação VIP, que retornavam de um serviço no Segundo Distrito da capital. Macio Pinheiro da Silva, de 45 anos, morreu no local. Carpegiane Freitas Lopes faleceu no dia 20 de abril, em decorrência dos ferimentos, e Fábio Farias de Lima morreu em 22 de maio, após semanas internado na UTI do Pronto-Socorro de Rio Branco. A única sobrevivente foi Raiane Xavier, que segue em recuperação domiciliar.
O inquérito concluiu que o caso deve ser classificado como homicídio culposo — quando não há intenção de matar. De acordo com a Polícia Civil, a decisão foi baseada nas circunstâncias levantadas durante as investigações.
A conclusão, no entanto, gerou forte indignação entre familiares das vítimas e também de Raiane, que criticou duramente o laudo.
“Esse laudo nem mostra a velocidade em que ele estava. Ele está sendo privilegiado, alguém está defendendo ele. Olhem a minha perna, olhem; ele não se preocupou. Não foi sem vontade de ferir ninguém; isso tirou três vidas. Tem que pagar, tirou três vidas”, desabafou a sobrevivente.
Durante a coletiva de imprensa, realizada no auditório da Polícia Civil do Acre, parentes das três vítimas fatais também expressaram revolta com o resultado do inquérito e pediram justiça.