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Sobre soltura de advogado, família de Juliana lembra caso: “indignação”

A família de Juliana Chaar Marçal, assistente jurídica de 36 anos brutalmente atropelada e morta na madrugada de 21 de junho deste ano, em Rio Branco, emitiu uma nota pública nesta quinta-feira (18). O profissional, apontado como peça central na confusão que culminou na tragédia, foi solto após argumentação de sua defesa de que não havia elementos suficientes para justificar a detenção.


A nota, assinada pela Família Chaar Marçal, reforça o respeito ao Poder Judiciário, mas não poupa críticas à forma “cruel e desumana” como Juliana foi vítima de um ato que chocou a sociedade acreana. “Contudo, não podemos deixar de expressar profunda indignação e consternação diante da forma cruel e desumana como Juliana foi retirada de nosso convívio”, diz o texto, que prossegue confiando na “celeridade e rigor” da Justiça para que “todos os envolvidos respondam por seus atos na medida exata de sua responsabilidade”. A família conclui em homenagem à memória de Juliana, à verdade dos fatos e ao direito de ver a justiça realizada.


O caso remonta à madrugada de 21 de junho, quando Juliana, que atuava como assessora jurídica, saía da casa noturna Dibuteco, no bairro Isaura Parente, acompanhada de amigos, incluindo Keldheky Maia da Silva. Uma briga generalizada eclodiu na rua, envolvendo disparos de arma de fogo efetuados pelo advogado – que atirou em direção a outros envolvidos –, o que teria desencadeado pânico e a fuga de uma caminhonete dirigida por Diego Luiz Gois Passo. O veículo atropelou Juliana, que morreu no local, e feriu outras duas pessoas.


Keldheky foi preso em flagrante no dia do incidente por porte ilegal de arma, mas liberado provisoriamente. Em 7 de agosto, nova prisão ocorreu, desta vez por tentativa de homicídio qualificado, após denúncia do MPAC que o acusou de dois crimes de tentativa de homicídio por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa das vítimas.


O mesmo órgão denunciou Passo por homicídio qualificado e duas tentativas de homicídio, alegando que o motorista fugiu sem prestar socorro.


revogação da prisão preventiva de Keldheky foi determinada hoje pelos desembargadores do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC): Francisco Djalma (relator), Samuel Evangelista e Denise Bomfim. A defesa argumentou ausência de elementos concretos para a manutenção da custódia, e o MPAC manifestou-se favorável à liberdade, recomendando medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento noturno – sugestões acatadas pelo colegiado.


Após ser solto, o advogado utilizou as redes sociais para agradecer à equipe de defesa, destacando a “atuação incansável” durante o processo.


A defesa de Passo, por sua vez, alega que o motorista não viu Juliana no momento do atropelamento e tentou retornar para ajudar, mas fugiu temendo ser alvejado em meio ao tiroteio. Ele está preso.


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