‘Provável que enfureça Trump’: imprensa do exterior repercute decisão sobre Bolsonaro

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O voto da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, que levou a Corte a formar maioria pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados, repercutiu na imprensa internacional nesta quinta-feira. Eles foram condenados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A ação penal deve ter sua análise concluída nesta semana.


Reuters destacou que a decisão faz de Bolsonaro o primeiro ex-presidente na história do país a ser condenado por atentado à democracia e apontou possíveis impactos na relação entre Brasil e Estados Unidos.


“É provável que isso enfureça ainda mais o aliado próximo de Bolsonaro, o presidente dos EUA, Donald Trump, que já chamou o caso de ‘caça às bruxas’ e criticou duramente o Brasil com aumentos de tarifas, sanções contra o juiz presidente e a revogação de vistos para a maioria dos membros do STF.”


Al Jazeera, do Catar, noticiou o julgamento e destacou que Bolsonaro “mantém uma base política sólida no Brasil, e espera-se que o veredito seja recebido com agitação generalizada”.


A agência Associated Press apontou que o “político de extrema direita que governou o Brasil entre 2019 e 2022 foi considerado culpado em cinco acusações por três membros de um colegiado de cinco juízes”.


Os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já haviam votado no mesmo sentido, enquanto Luiz Fux defendeu a absolvição. É a primeira vez que um ex-presidente é condenado por tentativa de golpe de Estado na história do país.


Além de Bolsonaro, foram condenados:


  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin (neste caso, menos por dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado).

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